segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Computador lê para os cegos

Começa a ser implantado nas bibliotecas parisienses um sistema de computadores que permite aos cegos ler todo e qualquer livro, por meio de um leitor ótico, que decifra as palavras e lê o texto.

Os cegos em Paris não precisam mais esperar que uma obra seja editada em braile, a escrita em relevo para deficientes visuais. Nas bibliotecas parisienses, começa a ser implantado um sistema de computadores que permite aos cegos ler todo e qualquer livro. Basta que ponham o texto sob um leitor óptico, o scanner, ligado a um computador com alto-falante. Ao se apertar um botão, a leitura começa: o scanner decifra a página e, 30 segundos depois, o computador lê o texto com uma voz que não soa nasalada como os primeiros sintetizadores. Além disso, a leitura é feita com a entonação adequada, porque o computador é capaz de reconhecer a pontuação do texto. Para aqueles que, ainda assim, preferiam o antigo sistema, o computador também pode traduzir o texto imediatamente para o braile: à medida que o scanner percorre uma linha, o texto equivalente aparece em braile numa esteira rolante.

A HISTÓRIA DE UMA DEFICIENTE

Bezerra de Menezes
Apresentação do testemunho, em 23/03/2000
Eu estava na colônia Nosso Lar e vi uma jovem que estava trabalhando com crianças que chegavam da terra e eram portadoras de deficiência física. Como essa jovem era muito bela, saudável, eu falei:
– Minha filha, por que você escolheu essa ala da enfermaria, onde os deficientes físicos vão se recompondo?
(Porque o deficiente físico, quando chega ao plano espiritual, quanto mais tempo demorou na Terra, mais tempo também leva para refazer a sua integridade física. É um processo lento de recuperação; ele, que resgatou o seu débito, não sai imediatamente daquela situação na qual o seu espírito esteve aprisionado. Se você aprisiona uma pessoa num cubículo, sentada, sem ver a luz do sol, ela demora a recuperar a visão, sente dores musculares e demora a andar. A mesma coisa no plano espiritual.)
Ela falou:
– Porque eu fui uma deficiente física.
Eu peguei a ficha dessa jovenzinha e achei que era um caso, realmente, para o Núcleo Servos Maria de Nazaré.
Ela dará o seu testemunho e vocês vão ver como, às vezes, o deficiente físico sofre, no seu interior, mesmo podendo ver, falar, conviver com as pessoas, alegremente.
Vamos Ter o testemunho dessa jovem e acho que todos nós vamos aprender um pouco mais com a dor do nosso semelhante. Seria tão bom se as pessoas que recebemos fossem só de alegria, não é?
Mas, se Jesus veio até nós é porque existia muita dor para ser sanada, muito desespero para se transformar em esperança, se Ele veio até nós e está conosco há dois mil anos é porque, realmente, nós precisamos da terapia do Evangelho em nossas almas, da bondade em nossos corações e do equilíbrio em nossos espíritos.
Testemunho dado em 24/03/2000
Elisabete
Há oito anos estou no plano espiritual, nasci, como todas as meninas, normal, brincando, correndo, brigando, vivendo intensamente. Mas, aos cinco anos, comecei a cair com muita facilidade, o que preocupou os meus pais, que me levaram ao médico. Constataram que eu era portadora de uma paralisia progressiva.
Os anos foram se arrastando, eu tinha mais duas irmãs e as via pular, brincar, correr. Nas festas de aniversários corriam atrás dos balões e eu sempre esperando que alguém se lembrasse de mim para me dar balão, para me dar um pedaço de bolo, para me dar guaraná. Não falava, sempre que me olhavam eu sorria, mas dentro do meu coração existia um sofrimento enorme. Eu perguntava:
– Por que, Deus? Por que eu não sou como as outras meninas? Por que eu não posso também correr e brincar como as minhas irmãs? Me davam bonecas, elas eram minhas permanentes companheiras, amigos, parentes, eu tinha muitas bonecas. Com elas eu conversava, porque até minha mãezinha tinha seus afazeres, seus compromissos sociais, tinha que levar criança na escola. E a minha dificuldade era muito grande. Durante algum tempo eu até estudei. Era inteligente, mas depois foi ficando mais difícil e eu mesma preferi, naquele desencanto pela vida, não ir mais à escola. Pedi, em prantos, à minha Mãe e, certamente, o médico lhe disse: “Ela não vai viver muito”. Eu esperava, realmente, que não fosse viver muito. Eu via, progressivamente, a paralisia ir tomando o meu corpo.
Eu conversava com as bonecas, lia muito, ouvia música. Aquele era meu mundo, não sentia nenhuma alegria em sair. Mas, para não constranger a minha mãe, para não ser dela carcereira, eu aceitava participar de festas. O meu tormento era visível e a piedade nos olhos das pessoas mais visível ainda.
Chegou a puberdade, eu era a caçula, via as minhas irmãs se aprontando para irem para uma festinha, para o cinema, para irem aos parques. Elas chegavam contando, alegres, entre elas, porque os assuntos delas não eram os mesmos assuntos que tinham comigo. Porque elas apenas podiam me narrar aquilo que elas viviam, porque eu não tinha nada para conversar com elas, nenhum assunto, a não ser algum programa de televisão, alguma música. Elas conversavam um pouquinho comigo e começava o diálogo entre elas, entre as companheiras que chegavam e falavam: “Oi Elisabete!”. Era o máximo que me concediam.
Assim os anos foram passando. Os namorados, os primeiros namoradinhos das minhas irmãs e um jovem que foi para comigo muito bondoso. Ele, um dia, chegou e falou com a minha irmã:
– Sua irmã é muito bonita.
Ninguém nunca havia me dito que eu era bonita, nem me importava se eu tinha o rosto bonito ou não. Meu corpo não respondia aos meus impulsos, aos meus apelos. Olhava para meus pés e não conseguia movê-los. Ele me trouxe alguns discos, alguns livros. Se tornou, realmente, um irmão. E eu ficava ansiosa para que minha irmã casasse, realmente, com aquele rapaz, mas, um dia, ele se foi. Desmancharam o namoro, algumas vezes ele me visitou. Eu fiquei sem o amigo que conversava comigo, que elogiava meu cabelo, que me levava livros, bombons. E minha vida voltou a ser o que era, e ela a trocar de namorados e namorados.
Um deles, diante de mim, disse, sem nenhuma piedade:
– Essa doença de sua irmã. Ela pode ser transmitida para filhos? Casando-me com você, eu posso ter um filho nessa situação?
Minha irmã respondeu:
– Eu não sei. Não sei te dizer isto.
Eu então me recolhi ao quarto daquele dia em diante. Não quis mais ser um espetáculo que pudesse prejudicar a descendência dos namorados de minhas irmãs. Sofri atrozmente, nos filmes de televisão, naqueles programas que dançavam e cantavam, mas nunca deixei que ninguém me visse chorar e para todos eu sorri…
Até que, com vinte anos, já com muita dificuldade para engolir, vi o meu corpo, pouco a pouco, diminuir, como se eu fosse voltar a ser criança. Passei a preocupar mais os meus familiares e mais preocupada fiquei com eles. Porque eu me sentia uma carcereira, sentia que todos eles estavam presos à minha deficiência física. E, aos vinte anos, parti para o plano espiritual.
Dois médicos que eu não sabia quem eram me socorreram. Um deles me disse:
– Eu sou Bezerra de Menezes, vou levá-la para recuperar-se. Você receberá tratamento, voltará a ter suas funções normais, mas melhorar, realmente, vai depender de você. Você teve um estágio de encarceramento carnal. Foi necessário isso para que você observasse as pessoas que te cercam, soubesse ver os sentimentos, olhar aquilo que os olhos das pessoas falam, soubesse esconder a sua dor e, também, que nós podemos ser um peso ou uma alegria para aqueles que nos cercam.
Ele me levou, então para a Colônia Nosso Lar. Eu recebi terapia em todo o corpo, via gradativamente as minhas pernas tomando formas, recuperando os movimentos, minhas mãos, minha respiração, que era ofegante, voltaram ao normal.
Pouco a pouco, eu, conversando com aquelas que eram da mesma enfermaria, consegui sentar na cama e arrastar os pés. Debrucei-me sobre a janela e vi um belo jardim, belas árvores, chafarizes. E falei bem alto:
– Morta é que a vida voltou para mim!
Estava me recuperando, pouco a pouco, e daí para a frente já pude ir para o templo da prece, comecei a ir para os refeitórios. Encaminhei um pedido para saber quais as possibilidades que eu teria para ajudar, porque eu me sentia de tal forma incapaz e inerte, que a ânsia de trabalhar, de usar as mãos e os pés era força compulsiva dentro de mim, uma necessidade premente, eu queria usar as minhas mãos, eu queria sentir meus pés e andar incansavelmente, daqui para ali.
E o Dr. Bezerra de Menezes voltou a procurar-me.
– O que você pretende fazer?
Eu disse para ele:
– Qualquer coisa, contando que eu trabalhe. Lavar chão, arrumar cama, tratar de doente, lavar o que for, mas usar as minhas mãos.
Ele deu um sorriso, segurou as minhas mãos e disse:
– Hoje vamos ter uma terapia com três jovens paralíticas. Você esta disposta a ver as conseqüências que uma vida trouxe para você através da paralisia redentora?
– Estou!
Ele, conversando alegremente, segurando a minha mão como um pai amoroso, me levou a uma sala onde havia uma tela grande, onde se movimentavam imagens em terceira dimensão. Eram cenários muito belos e nós três, ali reunidas, depois de nos cumprimentarmos, olhávamos aquelas paisagens belíssimas e falávamos: “essa paisagem não é brasileira”.
E aí foi sendo projetada a vida de cada uma de nós. Quando chegou a minha vez, lá estava eu, uma jovem bela, que tinha uma ama para calçar meus sapatos, apertar os meus espartilhos, pentear os meus cabelos, trazer meu chá que, às vezes, eu não gostava e lhe atirava na face, sem nenhum respeito pelo ser subalterno, sem um carinho por aquelas pessoas que cuidavam do meu bem estar. Entrava nas carruagens e, muitas vezes, quando ia cavalgar com o chicote na mão para chicotear o cavalo puro sangue eu chicoteava o treinador como se ele fosse um animal, não um ser humano, tal o desprezo que eu sentia por todos que trabalhavam.
Revi, nas minhas lembranças, a serva da minha mãe e a minha serva. Lá estavam elas como filhas e como minhas irmãs, num reajuste tão misericordioso, porque elas me tratavam com tanto carinho, com diferença da juventude, é certo.
Mas, os jovens são assim, só depois que amadurecem é que vão entender, dar valor à família e ficar atentos às dores do semelhante.
Senti uma tristeza muito grande, chorei silenciosamente e falei para o Dr. Bezerra:
– Olha, eu tive a bênção de ter tantas bonecas, quanto tantas meninas não tiveram uma boneca sequer, quando tantas e tantas meninas olharam as vitrines com os olhinhos cobiçosos, sem poder embalar nos braços as bonequinhas expostas à venda. Se for permitido, eu gostaria de trabalhar com crianças, crianças deficientes que estivessem em recuperação, a quem eu pudesse dar os primeiros cuidados. Sei que não tenho nada dentro de mim, agora vejo mais ainda, o quão pouco eu fiz no mundo e essa ânsia que eu tenho de usar as mãos, se me for permitido eu gostaria de trabalhar na enfermaria das crianças.
As crianças, quando desencarnam, chegam ao plano espiritual ainda mantendo aquela forma durante algum tempo. Às vezes são pontas de encarnação, como é chamado aqui em cima, são delitos pequenos que têm que resgatar. Ou de um câncer em que foi desencadeado o desencarne antes da hora, ou a necessidade de um período de reajuste.
São inúmeras as situações que levam a pessoa a ser deficiente física, diferem muito os quadros, diferem as provas, como diferem as reações das pessoas.
Demorou algum tempo e, naquele tempo que demorou, procurei ajudar as companheiras da enfermaria. Quando as atendentes chegavam eu já tinha ajudado uma, outra, já tinha conversado.
Eu sentia uma profunda vergonha da moça rica, bela e insensível que eu fora. Lembrava daquele meu corpo, na Terra, e pensava com alegria: minha mãe, minhas irmãs, devem estar sentindo o gosto doce da liberdade, porque, realmente, eu fora um fardo.
Não quis visitar os meus familiares, não por ser penosa a lembrança dos dias que lá vivi, porque não foram penosos, mas por ter sido uma presença penosa para todos eles. Eu queria ganhar um mundo novo, o resgate tinha cessado naquela encarnação, queria uma vida nova, estar num lugar novo, com pessoas novas.
Um dia chegou o doce Bezerra de Menezes:
– Recebemos a permissão do ministro, você vai ter uma entrevista com a ministra Veneranda e poderá trabalhar na ala das crianças deficientes.
Lá existem setores, como na Terra, onde só fazem brinquedos, alimentos. Porque o espírito se alimenta – pode parecer estranho para vocês, mas não é estranho quando vocês bebem uma água fluidificada – e lá se fazem caldos mais densos, que têm sabores deliciosos, sucos que são um “néctar dos deuses”.
Eu, então, fui em cada setor aprendendo como manipular fluidos da forma mais primária, que são os alimentos energéticos. Trabalhava a bioenergia para o alimento daquelas crianças, com as quais eu brincava. Mulheres que sabem costurar, faziam bonecas, faziam carrinhos e as crianças eram felizes. E como elas ficavam felizes ao verem como as perninhas recuperavam os movimentos, que os bracinhos se estendiam para nos abraçar, corriam e brincavam e eu contava história: “Era uma vez, uma menina muito bonita, muito rica, que teve que sofrer muito para aprender que a vida pode ser uma bela história, se nós soubermos viver…”.
A todos vocês o meu agradecimento, por terem tido a paciência de me ouvir. Agradeçam a Deus o que vocês possuem. Jovens, não destruam a saúde de vocês no vício, nas drogas. Aqueles que chegam ao plano espiritual e que usaram drogas, ficam paralisados, catatônicos, e, certamente, terão uma reencarnação tão dolorosa como a que eu tive, porque não souberam valorizar a saúde. Aquilo que tinham de perfeito, tornaram imperfeito.
Jovens, vocês que possuem motocicleta e carro, dirijam com prudência. Porque aqueles que destroçam seu corpo na velocidade e na imprudência ficarão, no plano espiritual, também lesados durante muito tempo e, certamente, nasceram com seqüelas, porque não souberam valorizar o corpo saudável que possuíam.
Mães, jovens, percebam o valor santificante do corpo de vocês, respeitem-se, saibam que a vida é uma benção e nós devemos muito respeito a esse corpo que não foi feito por nós, foi feito por Deus.
Cuidem-se, porque a beleza é uma rosa bela num jardim em que o vento bate em suas pétalas e as arrastam pela lama. A rosa só é bela enquanto está na roseira, depois que perece nem perfume possui, com qualquer flor é assim. Aproveitem a flor da vida para terem, na sua essência mais sublime, aquilo que a vida tem de melhor.
E, se vocês virem alguém arrastando o corpo no cárcere da deficiência física, não tenham piedade. Ajudem com um sorriso, com uma palavra. Façam com que se sintam amados e felizes, mas não tenham piedade, estão resgatando, estão reformulando o seu corpo somático, estão transformando as suas células lesadas em células saudáveis. Façam com que eles sejam capazes de sorrirem e sentirem que a vida tem gosto de amor. Esse amor diferente que é o amor doação, amor caridade. Façam com que as pessoas, ao chegarem perto de vocês, sintam que valeu a pena viver. E que a alegria é a tônica da vida.
Que Deus abençoe a todos. Muito e muito obrigada por tudo.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O sol nasce para todos - The Fevers

Quem me dera
Que não falte um raio de luz em minha vida
(quem dera, quem dera)
Eu só quero ver o mundo todo em paz e harmonia
(eu quero, eu quero)
É bem melhor viver com alegria
Somente assim ninguém mais sofreria
É com amor que se constrói a vida
O sol nasce para todos) 3x
O sol nasce para todos
E se entrega com amor
Não distingue as fronteiras
Nem quem nasce de outra cor
O sol nasce para todos
Como nasce uma canção
Quando a noite se acaba
Para todos nasce o sol
Quem me dera
Que houvesse mais amizade entre as pessoas
(quisera, quisera)
E que ninguém
Ninguém negue mais a ninguém o seu sorriso
(quisera, quisera)
É bem melhor viver com alegria
Somente assim ninguém mais sofreria
É com amor que se constrói a vida
O sol nasce para todos) 3x
O sol nasce para todos
E se entrega com amor
Não distingue as fronteiras
Nem quem nasce de outra cor
O sol nasce para todos
Como nasce uma canção
Quando a noite se acaba
Para todos nasce o sol

Epilepsias

Estas perguntas e nossas respostas visam orientar de maneira simples sobre a 10 (dez) perguntas mais freqüentes sobre as EPILEPSIAS.
  1. O que é epilepsia ?
  2. Quais são os médicos que tratam das epilepsias ?
  3. A epilepsia é hereditária ou contagiosa ?
  4. O que fazer quando uma pessoa tem uma crise epiléptica ?
  5. O que são as CONVULSÕES ?
  6. Quais são as principais causas de epilepsias e os fatores desencadeantes de crises epilépticas ?
  7. Quais são os principais tipos de epilepsias ?
  8. O que são medicamentos antiepilépticos ?
  9. As epilepsias tem cura ?
  10. O que é Dieta Cetogênica e quais são os outros tratamentos para as epilepsias de difícil controle ?


1 - O que é epilepsia ?

Segundo nossa concepção, baseada no conceito da EFA (Epilepsy Foundation of America-USA), as epilepsias são condições físicas, singulares, que ocorrem quando surgem, inesperadamente, mudanças breves e repentinas no funcionamento bio-elétrico do cérebro. Para fins de compreensão e desmitificação comparemos uma crise (ou 'ataque') epiléptico a um "curto circuito" momentâneo que afeta nossas células nervosas, como parte de uma disfunção do Sistema Nervoso Central, podendo ocorrer uma perda de consciência momentânea, acompanhada de outros distúrbios (como os abalos musculares, movimentos bruscos, perda do equilíbrio corporal, alterações dos movimentos e das ações de uma pessoa, na dependência do tipo de epilepsia que o acomete). AS EPILEPSIAS PODEM ATINGIR QUALQUER PESSOA, INDEPENDENTEMENTE DE SUA RAÇA, IDADE OU NACIONALIDADE.


2 - Quais são os médicos que tratam das epilepsias ?
  • No caso de crianças, em especial as que tem dEficiência, indicamos o acompanhamento por um NEUROPEDIATRA, e sugerimos um acompanhamento paralelo com um pediatra especialista em desenvolvimento infantil.

  • Para jovens e adultos são mais indicados NEUROLOGISTAS e NEUROCIRURGIÕES, principalmente para diagnóstico inicial e tratamento com medicamentos, ou em situações refratárias às medicações , em quadros de difícil controle das convulsões, onde são indicadas cirurgias especializadas.

Há ainda a possibilidade de trabalhos interdisciplinares, em equipe, como no caso de tratamentos com a Dieta Cetogênica, onde os médicos neurologistas trabalharam em conjunto com Nutricionistas, Clínicos Gerais e Pediatras.


3 - A epilepsia é hereditária ou contagiosa ?

As diversas formas de epilepsia não são contagiosas, podem porém estar associadas a quadros de natureza genética, como a Esclerose Tuberosa, onde o aparecimento de crises epilépticas faz parte do quadro clínico e sintomatológico desta condição.

Todas as pessoas podem herdar GRAUS variados de susceptibilidade a convulsões, e quase sempre, quando não se encontra uma causa, há uma tendência para indicar a pesquisa de fatores hereditários como predisponentes ou causais de epilepsias, principalmente em crianças com algumas dEficiências graves, como as síndromes raras.


4 - O que fazer quando uma pessoa tem uma crise epiléptica ?

Primeiramente não ter qualquer forma discriminatória de atitude, principalmente em ambientes públicos (ex.: escola), a fim de não acentuar ou naturalizar preconceitos que são vivenciados pelas pessoas com epilepsia, como por exemplo a popular afirmação de que " a baba (salivação excessiva) transmite a epilepsia", a ‘baba’ NÃO PEGA pois as epilepsias não são doenças, nem são contagiosas.

Há algumas medidas a serem tomadas para auxiliar e promover um maior conforto e segurança para a pessoa durante uma convulsão ou crise epiléptica ( há casos, como nas 'ausências' que não há muitas atitudes a tomar a não ser a atenção para com o seu tempo de duração).

Listamos algumas das providências emergenciais que podem ser tomadas principalmente quando a pessoa já conhece os passos a serem seguidos e tem alguma noção de primeiros socorros:

A - Atendimento a crianças:

1º - não tente remover a criança do lugar onde está. Primeiramente avalie se este é um local que tem risco de machucá-la ou de causar algum acidente como bater a cabeça contra algum objeto.

2º- NÃO coloque a sua mão ou objetos na boca da criança.É muito comum se ouvir a inverdade de crianças que tem sufocamento com a própria língua, isto não vai ocorrer. Esta precaução é também porque há possibilidade se ferir a criança ou então desta morder involuntariamente a mão de quem a socorre.

3º Retire qualquer peça do vestuário que possa impedí-la de respirar livremente durante a convulsão.

4º Coloque a criança de lado, evitando que ela aspire as secreções e/ou muco que possam resultar de sua crise.

5º Procure monitorar o tempo da convulsão, e quando esta passar dos 05 (cinco) minutos procure o serviço médico de urgência mais próximo, ou chame uma ambulância.

B - Atendimento a adultos:

1º - Repita todas as medidas já prescritas para atendimento a crianças e jovens, porém observe alguns cuidados no ato de intervenção e ajuda.

2º - Afaste os curiosos e pessoas que, quase sempre, se aglomeram em torno da pessoa em crises convulsivas em público.

3º - Retire a gravata ou outro tipo de possibilidade de ampliar a dificuldade respiratória da pessoa em crise convulsiva.

4º - Coloque-a em posição o mais confortável possível, deitada, não tentando movimentá-la e nem tentando interromper os possíveis movimentos físicos bruscos que acompanham uma convulsão.

5º - Observe o tempo de convulsão, e caso esta se prolongue procure o Serviço Médico de Urgência mais próximo, solicitando uma remoção por serviço especializado (quando possível).


5 - O que são as CONVULSÕES ?

As convulsões são as resultantes físicas e fisiológicas das descargas bio-elétricas nas células nervosas (neurônios), por força de um disparo repentino e excessivo, que causa esta 'tempestade elétrica cerebral' (electrical brainstorm). Ao terminar a tempestade, como na natureza, há um período necessário de repouso, uma pausa, e no caso das células nervosas estarem exaustas, segue-se, às vezes, um período de confusão mental e/ou sonolência.

Há as chamadas convulsões FEBRIS que não devem ser tomadas como indicativo ou prognóstico de epilepsia, pois podem ocorrer com qualquer criança submetida a elevação brusca de sua temperatura corporal, acima dos 39,5 ºC ou menos na dependência do limiar de convulsibilidade de cada criança. São consideradas convulsões BENIGNAS, pois ocorrem em crianças sem histórico de lesão cerebral prévio, e apenas em acompanhamento de enfermidades agudas.

Porém se ocorrerem com crianças com histórico de lesões cerebrais, tipo paralisias cerebrais, há que examinar e acompanhar o desenvolvimento neurológico da mesma, e cuidar para que não tenha elevações bruscas da temperatura corporal devido a febre.


6 - Quais são as principais causas de epilepsias e os fatores desencadeantes de crises epilépticas ?

As principais causas de epilepsias segundo a literatura atualizada e pesquisa na Internet são, em quase 70% dos casos, de "causa desconhecida", sendo que os restantes 30% são ligados às seguintes condições ou situações:
  • Traumas na cabeça, especialmente por acidentes (automóveis, quedas, etc...), ou mesmo lesões causadas por atos violentos, inclusive em práticas esportivas, onde quanto mais severos os golpes ou traumatismos do crânio mais há chances de um quadro epiléptico aparecer.
  • Tumores cerebrais e outros traumas neurológicos
  • Meningites, encefalites virais, lúpus eritematoso, doenças neurológicas crônicas, e infecções que afetem o SNC (Sistema Nervoso Central) como no caso da AIDS (Síndrome de imunodeficiência Adquirida).
  • Lesões ocorridas no período gestacional, pré, peri e pós natais, que possam afetar o desenvolvimento do cérebro de fetos durante a gravidez.

As crises epilépticas em seres humanos são geralmente desencadeadas por alguns eventos:
  • febre
  • exaustão física
  • privação de sono
  • suspensão abrupta de medicação anticonvulsiva
  • respiração forçada (hiperventilação)
  • ingestão de bebidas alcóolicas ou estimulantes
  • uso de drogas euforizantes
  • uso de medicamentos com ação convulsivante (ex.: isoniazida)
  • emoções fortes e distúrbios psíquicos intensos
  • distúrbios hormonais
  • luz, sons e outros ruídos em epilepsias reflexas (ex.: televisão, luz de boite - estroboscópica)


7 - Quais são os principais tipos de epilepsias ?

Atualmente há uma divisão em dois grandes grupos de epilepsias:
  • Generalizadas- que são as que apresentam manifestações clínicas e um EEG (Eletroencefalograma) com indicação de envolvimento de nossos dois hemisférios cerebrais.

  • Parciais - que são as que apresentam achados eletroencefalográficos e manifestações clínicas de um início de crise localizada em um ‘foco’ no nosso cérebro, ou seja uma área específica e identificável pelos exames.

  • As crises generalizadas podem ser subdividas em:

- Mioclônicas
- Clônicas
- Tônico-clônicas
- Atônicas
- Ausências

  • As crises parciais podem ser subdivididas em :

- crises parciais simples (onde não há perda de consciência)
- crises parciais complexas (onde após um início simples com aura e prejuízo da consciência, podendo ocorrer automatismos motores, involuntários e repetitivos)
- crises parciais secundariamente generalizadas

Obs.: Uma informação correta e descritiva do tipo de crise pode ser muito útil na escolha de um tratamento correto, pois há transtornos emocionais e psiquiátricos que podem ser confundidos com epilepsias, com sintoma pseudoepilépticos (como por exemplo em alguns tipos de neurose histérica).


8 - O que são medicamentos antiepilépticos ?

A drogas antiepilépticas (DAE) são os produtos farmacêuticos, alopáticos, produzidos com a finalidade de conter, controlar ou estabilizar um quadro epiléptico. As DAE agem no SNC inibindo ou interferindo em processos neuroquímicos que podem impedir a atividade neuronal anormal ou seu desencadeamento.

Listamos algumas destas substâncias farmacológicas e seus efeitos colaterais (vide quadro) a fim de orientar no acompanhamento de seu uso por parte de familiares e dos próprios usuários.

Atualmente se recomenda evitar o uso de várias DAE para tratar de um quadro epiléptico (politerapia), já que há DAE de uso específico para os mais variados quadros, com bons resultados em termos médicos.

Há que observar o cuidado na experimentação de drogas de ‘última geração’, ou seja recém lançadas no mercado, sem a devida experimentação em seres humanos e sua comprovação de baixos níveis de efeitos colaterais e/ou danos às pessoas, em especial a crianças menores de 3 anos.


9 - As epilepsias tem cura ?

A maior parte dos quadros de epilepsia respondem bem aos tratamentos com as drogas antiepilépticas, e podem ser considerados ‘curados’, após tratamento continuado e sob supervisão especializada. Há porém uma parcela de casos que são considerados refratários aos tratamentos convencionais, e que exigem novos tratamentos ou mais radicais, inclusive cirurgia, ou então a utilização de métodos como a Dieta Cetogênica.


10 - O que é Dieta Cetogênica e quais são os outros tratamentos para as epilepsias de difícil controle ?

É a utilização de uma dieta programada que induz o organismo humano a produzir uma modificação química chamada de ‘cetose.

Este método tem sua utilização comprovada por médicos norte-americanos e de outros países para os casos de epilepsias refratárias a medicação anticonvulsiva. Já foi demonstrado que a produção de corpos cetônicos pode ser induzida por uma dieta rica em gorduras, e muito pobre em carbohidratos e proteínas, o que requer um rigoroso acompanhamento médico e nutricional.

Encontramos no livro: The Epilepsy Treatment (na introduction to The Ketogenic Diet) de Jonh M. Freeman, Millicent T. Kelly e Jennifer B. Freeman (2ª ed- 1996 - Demos Verdane Ed.), alguns dados sobre a remissão e melhora de crises resistentes a DAE, como por exemplo: "a freqüência das convulsões com a dieta, após um (01) mês, foi de remissão total das convulsões em dois pacientes em sete. Apenas um passou a apresentar um episódio diário. Uma criança abandonou a dieta, e três outras tiveram uma marcante diminuição do número de convulsões, necessitando continuar aprimorando a dieta cetogênica".

Há casos extremados e sob severa indicação neurológica que são indicados para tratamentos NEUROCIRÚRGICOS. Estes tratamentos, considerados invasivos, geralmente são utilizados para os quadros epilépticos parciais complexos. E deverão ser realizados diversos exames complementares para definir e confirmar a necessidade deste tipo de procedimento médico. Nem todas as crianças são candidatas a uma neurocirurgia para tratamento de epilepsia, os riscos e benefícios devem ser discutidos aprofundada e seriamente com uma equipe médica competente.

Há ainda experiência de utilização de Marcapassos Cerebrais, que podem ajudar na organização bio-elétrica do SNC, e que necessitam de um monitoramento das suas aplicações.

As epilepsias de difícil controle muitas vezes são chamadas de ‘intratáveis", porém esta é uma visão muito limitada, ao nosso ver, das possibilidades infinitas de novos tratamentos e da pesquisa científica de novos medicamentos para a Epilepsia, que nestas situações quase sempre está associada a um quadro de Paralisia Cerebral, Deficiência Mental ou Síndromes Genéticas raras.

Seção 22 - Problemas de Saúde da Mulher Capítulo 247 - Uso de Drogas Durante a Gravidez

A maioria das mulheres grávidas faz uso de algum tipo de droga (medicamento ou drogas lícitas ou ilícitas). Os Centers for Disease Control and Prevention e a Organização Mundial da Saúde estimam que mais de 90% das mulheres grávidas fazem uso de medicamentos controlados ou de venda livre, drogas sociais (p.ex., tabaco e álcool) ou drogas ilícitas.
Os medicamentos e as drogas são responsáveis por 2 a 3% de todos os defeitos congênitos. A maioria dos outros defeitos congênitos tem causa hereditária, ambiental ou desconhecida. As drogas passam da mãe para o feto sobretudo basicamente através da placenta, a mesma via utilizada percorrida pelos nutrientes para o crescimento e desenvolvimento do feto.
Na placenta, as drogas e os nutrientes presentes no sangue da mãe atravessam uma membrana fina, a qual separa o sangue da mãe do sangue do feto. As drogas que uma mulher utiliza durante a gravidez podem afetar o feto de várias maneiras:
  • Atuando diretamente sobre o feto, causando lesão, desenvolvimento anormal ou morte
  • Alterando a função da placenta, geralmente contraindo os vasos sangüíneos e reduzindo a troca de oxigênio e nutrientes entre o feto e a mãe
  • Causando contração forçada da musculatura uterina, lesando indiretamente o feto através da redução de seu suprimento sangüíneo.
Como as Drogas Atravessam a Placenta
Na placenta, o sangue materno passa pelo espaço (espaço interviloso) que envolve os vilos (projeções diminutas) que contêm os vasos sangüíneos do feto. O sangue materno que se encontra no espaço interviloso é separado do sangue do feto que se encontra nos vilos pela membrana placentária (uma membrana fina). As drogas presentes no sangue da mãe podem atravessar essa membrana, passando para os vasos sangüíneos dos vilos e passam através do cordão umbilical até o feto.

O modo como uma droga afeta o feto depende do estágio de desenvolvimento deste e da potência e da dose da droga. Certas substâncias utilizadas no início da gestação (antes do 17º dia após a fertilização) podem atuar baseadas na lei do tudo ou nada, seja matando o feto ou não o afetando em absoluto. Durante esse estágio, o feto é altamente resistente aos defeitos congênitos.
Contudo, ele é particularmente vulnerável a esses defeitos entre o 17º e 57º dia após a fertilização, quando seus órgãos estão se desenvolvendo. As drogas que atingem o feto durante esse estágio podem causar aborto espontâneo, um defeito congênito evidente ou um defeito permanente mas sutil (o qual é percebido mais tarde) ou podem não causar qualquer efeito perceptível.
É improvável que as drogas utilizadas após o término do desenvolvimento dos órgãos causem defeitos congênitos evidentes, mas elas podem alterar o crescimento e a função de órgãos e tecidos formados normalmente.
Drogas Antineoplásicas
Como os tecidos do feto crescem com rapidez, as suas células que se multiplicam rapidamente são muito vulneráveis às drogas antineoplásicas (drogas utilizadas no tratamento de cânceres). Muitas dessas drogas são teratogênicas, isto é, causam defeitos congênitos (p.ex., retardo do crescimento intra-uterino, subdesenvolvimento da mandíbula, fenda palatina, desenvolvimento anormal dos ossos do crânio, defeitos da coluna vertebral, defeitos do ouvido, pé torto e retardo mental). Algumas drogas antineoplásicas causam defeitos congênitos em animais, mas ainda não foi demonstrado que elas os provoquem no ser humano.
Talidomida
Esta droga não é mais prescrita para as mulheres grávidas porque ela causa defeitos congênitos importantes. A talidomida foi introduzida pela primeira vez na Europa, em 1956, como um medicamento contra a gripe e como sedativo. Em 1962, verificou-se que quando a talidomida era utilizada por mulheres grávidas quando os órgãos do feto encontravam-se em desenvolvimento, ela causava defeitos congênitos (p.ex., hipodesenvolvimento severo dos membros superiores e inferiores e defeitos intestinais, cardíacos e vasculares).
Tratamentos da Pele
A isotretinoína, utilizada para tratar a acne grave, a psoríase e outros distúrbios cutâneos, causa defeitos congênitos graves. Entre os mais importantes encontram-se os defeitos cardíacos, orelhas pequenas e a hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro). O risco de defeitos congênitos é de aproximadamente 25%. O etretinato, uma outra droga utilizada no tratamento de distúrbios cutâneos, também causa defeitos congênitos no ser humano.
Como esta droga é armazenada na gordura subcutânea (localizada abaixo da pele) e é liberada lentamente, ela pode causar defeitos congênitos durante 6 meses ou mais após a mulher suspender o seu uso. Por essa razão, as mulheres que fazem uso desta droga são aconselhadas a aguardar pelo menos 1 anos antes de engravidar.
Hormônios Sexuais
Os hormônios androgênicos (masculinizantes) utilizados para tratar vários distúrbios sangüíneos, assim como as progestinas sintéticas utilizadas durante as 12 primeiras semanas após a fertilização podem causar masculinização da genitália do feto do sexo feminino. Pode ocorrer aumento do clitóris (uma pequena protrusão análoga ao pênis do homem), uma condição permanente (a não ser que seja corrigida cirurgicamente). Também pode ocorrer fusão dos pequenos lábios, que circundam os orifícios da vagina e da uretra.
Os contraceptivos orais não contêm uma quantidade suficiente de progestina para produzir esses efeitos. O dietilestilbestrol, um estrogênio sintético, pode causar câncer de vagina em meninas adolescentes cujas mães fizeram uso desta droga durante a gestação. Posteriormente, essas meninas podem apresentar uma cavidade uterina anormal, distúrbios menstruais, um colo do útero incompetente (o qual pode causar abortos espontâneos) e um aumento do risco de gravidez ectópica, de gerar um natimorto e de morte neonatal. Os meninos expostos ao dietilstilbestrol durante a vida fetal apresentam anomalias do pênis.
Meclizina
A meclizina, freqüentemente utilizada para combater o enjôo de viagem, a náusea e o vômito, causa defeitos congênitos em animais, mas esses mesmos efeitos não foram observados no ser humano.
Categorias de Segurança das Drogas Durante a Gravidez Segundo a FDA ( Food and Drug Administration)

Categoria
Descrição
A
Os estudos em seres humanos não demonstraram qualquer risco.
B
Os estudos em animais não demonstraram qualquer risco, mas não existem estudos em seres humanos, ou os estudos em animais revelaram riscos, mas os estudos em seres humanos, não.
C
Não foram realizados estudos em animais nem em seres humanos ou os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em seres humanos.
D
Os estudos em seres humanos revelaram riscos, mas o uso pode ser justificado em alguns casos (risco de vida ou doença grave para a qual não existe uma droga mais segura).
X
A droga jamais deve ser utilizada durante a gravidez; os riscos humanos conhecidos suplantam qualquer benefício.
Drogas Anticonvulsivantes
Quando utilizadas durante a gravidez, algumas drogas anticonvulsivantes podem produzir fenda palatina ou desenvolvimento anormal do coração, da face, do crânio, das mãos ou dos órgãos abdominais. O concepto também pode apresentar retardo mental. Sobretudo dois anticonvulsivantes podem causar defeitos congênitos: a trimetadiona (com um risco de aproximadamente 70%) e o ácido valpróico (com um risco de aproximadamente1%).
Acredita-se que a carbamazepina, um outro anticonvulsivante, causa um número significativo de defeitos congênitos de pequena importância. Foi atribuída ao anticonvulsivante fenitoína a responsabilidade de diversos defeitos congênitos, mas foram observados defeitos similares em filhos de mulheres epilépticas que não faziam uso de anticonvulsivantes. Os recém-nascidos expostos à fenitoína e ao fenobarbital (um barbitúrico e também anticonvulsivante) antes do nascimento podem apresentar sangramento fácil porque essas drogas podem causar uma deficiência de vitamina K, a qual é necessária para a coagulação.
Este efeito colateral pode ser evitado quando a mulher grávida faz uso da vitamina K oral logo após o parto. Durante a gestação, as mulheres epilépticas devem utilizar a dose mínima eficaz de anticonvulsivantes e devem ser rigorosamente controladas. As mulheres epilépticas, mesmo quando não utilizam drogas anticonvulsivantes durante a gravidez, apresentam uma maior probabilidade de gerarem conceptos com defeitos congênitos que as mulheres que não sofrem de epilepsia.
O risco é maior para as gestantes que apresentam crises convulsivas freqüentes e graves ou complicações da gravidez e nas mulheres que pertencem a grupos sócio-econômicos baixos, uma vez que elas tendem a receber uma atenção médica inadequada.
Vacinas
Exceto em circunstâncias especiais, as vacinas produzidas a partir de vírus vivo não são administradas a mulheres que estão ou podem estar grávidas. A vacina contra a rubéola (uma vacina de vírus vivo) pode causar infecção tanto na placenta como no feto em desenvolvimento. As vacinas de vírus vivo (p.ex., sarampo, caxumba, pólio, varicela e febre amarela) e outras vacinas (p.ex., cólera, hepatites A e B, gripe, peste bubônica, raiva, tétano, difteria e febre tifóide) são administradas à gestante apenas quando ela apresenta um risco significativo de contrair uma infecção por um desses microrganismos.
Drogas para a Tireóide
O iodo radioativo administrado a uma gestante para tratar o hipertireoidismo (hiperatividade da tireóide) pode atravessar a placenta e destruir a tireóide do feto. Além disso, ele pode causar um hipotireoidismo (hipoatividade da tireóide) grave. O propiltiouracil e o metimazol, drogas também utilizadas para tratar o hipertireoidismo, atravessam a placenta e podem causar um aumento anormal da tireóide do feto. Quando necessário, o propil-tiouracil é geralmente utilizado porque ele é melhor tolerado tanto pela mulher como pelo feto.
Hipoglicemiantes Orais
Os hipoglicemiantes orais são administrados para reduzir a concentração de açúcar (glicose) no sangue de indivíduos diabéticos. No entanto, eles freqüentemente não conseguem controlar o diabetes em mulheres grávidas e podem acarretar hipoglicemia (concentração baixa de açúcar no sangue) no recém-nascido. Por essa razão, a insulina é preferida para tratar o diabetes da mulher grávida.
Narcóticos e Antiinflamatórios Não Esteróides
Quando utilizados por gestantes, os narcóticos e os antiinflamatórios não esteróides (AINEs), como a aspirina, podem chegar ao feto em quantidades significativas. Os conceptos de mulheres com adição a narcóticos também podem tornar-se adidos antes do nascimento e podem apresentar sintomas de abstinência 6 a 8 dias após o nascimento.
O uso de doses elevadas de aspirina ou de outros AINEs durante a gravidez pode retardar o início do trabalho de parto e também pode acarretar no feto, antes do nascimento, o fechamento do canal arterial (ductus arteriosus), o conduto que conecta a aorta (a grande artéria que conduz o sangue para todo o organismo) à artéria pulmonar (a artéria que conduz o sangue para os pulmões).
Esta conexão normalmente fecha imediatamente após o nascimento. A oclusão antes do nascimento força o sangue a fluir através dos pulmões, os quais ainda não expandiram, sobrecarregando o sistema circulatório fetal. Quando utilizadas na gestação avançada, os antiinflamatórios não esteróides podem reduzir o volume de líquido amniótico (o líquido que envolve o feto em desenvolvimento, contido na bolsa amniótica), um efeito potencialmente perigoso.
O uso de doses elevadas de aspirina pode causar problemas de sangramento na mãe ou no recém-nascido. A aspirina ou outros salicilatos podem aumentar a concentração de bilirrubina no sangue do feto, causando icterícia e, ocasionalmente, lesão cerebral.
Ansiolíticos e Antidepressivos
Os ansiolíticos (medicamentos utilizados para tratar a ansiedade) podem causar defeitos congênitos quando utilizados durante os três primeiros meses de gestação, embora isto não tenha sido comprovado. O uso da maioria dos antidepressivos durante a gravidez parece ser relativamente seguro, mas o lítio pode causar defeitos congênitos, sobretudo cardíacos. Quando utilizados por uma mulher grávida, os barbitúricos (p.ex., fenobarbital) tendem a reduzir a discreta icterícia normalmente apresentada pelos recém-nascidos.
Antibióticos
Quando utilizados durante a gravidez, os antibióticos podem causar problemas. Os antibióticos do grupo das tetraciclinas atravessam a placenta e são armazenados nos ossos e nos dentes do feto, onde eles combinam-se com o cálcio. Como resultado, o crescimento ósseo pode ser lento, os dentes do concepto podem adquirir uma coloração amarela permanente e o esmalte dentário pode ser mole e anormalmente suscetível a cáries.
O risco de anomalias dentárias é maior a partir da metade até o final da gestação. Como existem vários antibióticos alternativos seguros, as tetraciclinas devem ser evitadas durante a gravidez. Antibióticos como a estreptomicina ou a kanamicina quando utilizados durante a gravidez podem causar lesão do ouvido interno do feto, podendo acarretar surdez. O cloranfenicol não prejudica o feto, mas ele pode causar uma doença grave no recém-nascido denominada síndrome cinzenta (ou do bebê cinza).
A ciprofloxacina não deve ser utilizada durante a gravidez, pois foi demonstrado que ela causa anomalias em animais. As penicilinas parecem ser seguras. Quando utilizados no final da gestação, a maioria dos antibióticos que contêm sulfonamidas pode causar icterícia no recém-nascido, a qual pode produzir lesão cerebral. No entanto, a probabilidade disto ocorrer é muito menor quando a sulfasalazina (também um antibiótico do grupo das sulfonamidas) é utilizada.
Anticoagulantes
O feto em desenvolvimento é extremamente sensível ao warfarin, uma droga anticoagulante. Até um quarto dos recém-nascidos expostos à droga durante os 3 primeiros meses de gestação apresenta defeitos congênitos importantes. Além disso, tanto a mãe como o feto podem apresentar sangramentos anormais. Quando uma mulher grávida apresenta risco de formar coágulos sangüíneos, a heparina é uma opção muito mais segura.
Contudo, o seu uso prolongado durante a gravidez pode acarretar uma contagem plaquetária baixa na mãe (as plaquetas são partículas semelhantes a células que ajudam o sangue a coagular) ou a osteoporose (rarefação óssea).
Drogas para os Distúrbios Cardíacos e Vasculares
Algumas mulheres necessitam dessas drogas durante a gestação para tratar distúrbios crônicos ou que se manifestaram durante a gravidez, como a pré-eclâmpsia (hipertensão arterial, proteinúria [presença de proteínas na urina] e edema [retenção líquida] durante a gravidez) e a eclâmpsia (crises convulsivas decorrentes da pré-eclâmpsia).
As drogas utilizadas para reduzir a pressão arterial elevada, freqüentemente prescritas para as mulheres grávidas com préeclâmpsia ou eclâmpsia, afetam a função da placenta e são administradas com muita cautela para se evitar que causem problemas ao feto. Em geral, esses problemas são decorrentes da redução muito rápida da pressão arterial da gestante, a qual reduz significativamente o fluxo sangüíneo para a placenta.
Os inibidores da enzima conversora da angiotensina e os diuréticos tiazídicos quase sempre são evitados durante a gravidez, pois eles podem causar graves problemas ao feto. A digoxina, utilizada no tratamento da insuficiência cardíaca e de algumas arritmias cardíacas (distúrbios do ritmo cardíaco), atravessa imediatamente a placenta.
No entanto, ela geralmente tem pouco efeito sobre o concepto, antes ou após o nascimento. Algumas drogas (p.ex., nitrofurantoína, vitamina K, sulfonamidas e cloranfenicol) podem causar a ruptura dos eritrócitos nas gestantes e nos fetos que apresentam deficiênncia de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), um distúrbio hereditário que afeta as membranas dos eritrócitos. Por essa razão, essas drogas não são prescritas para as mulheres que apresentam este distúrbio.
Drogas Utilizadas Durante o Trabalho de Parto
Os anestésicos locais, os narcóticos e outros analgésicos geralmente atravessam a placenta e podem afetar o recém-nascido (p.ex., enfraquecendo o seu impulso para respirar). Por essa razão, quando é necessária a utilização de drogas durante o trabalho de parto, elas são administradas em doses mínimas efetivas e preferivelmente o mais tarde possível, o que diminui a probabilidade delas atingirem o feto antes do nascimento.
Drogas Sociais e Ilícitas
O tabagismo durante a gravidez pode ser prejudicial. Ao nascimento, o peso médio dos filhos de mães que fizeram uso do tabaco durante a gravidez é aproximadamente 170 gramas inferior aos filhos de mulheres não tabagistas. Os abortos espontâneos, a ocorrência de conceptos natimortos, os nascimentos prematuros e a síndrome da morte súbita do lactente são mais comuns entre os conceptos de mulheres que fazem uso do tabaco durante a gestação.
O consumo de álcool durante a gravidez pode causar defeitos congênitos. Os filhos de mulheres que consomem quantidades excessivas de álcool durante a gravidez podem apresentar a síndrome do alcoolismo fetal. Eles são pequenos, freqüentemente com microcefalia (cabeça pequena), anomalias faciais e deficiência mental limítrofe. Menos comumente, eles apresentam anomalias articulares e defeitos cardíacos.
Eles não desenvolvem normalmente e apresentam maior probabilidade de morrer logo após o nascimento. Como a quantidade de álcool necessária para causar esta síndrome é desconhecida, as mulheres grávidas são aconselhadas a se abster do consumo de álcool.
Existem controvérsias em relação à cafeína prejudicar o feto. Vários estudos sugerem que o consumo de mais de 7 ou 8 xícaras de café por dia pode aumentar o risco de ocorrência de conceptos natimorto, prematuros, com baixo peso ao nascimento ou de abortos espontâneos. No entanto, esses estudos foram comprometidos pelo fato de muitas das mulheres que consumiam café também eram tabagistas.
Um estudo subseqüente, o qual levou o tabagismo em consideração, concluiu que os problemas eram causados pelo tabaco e não pela cafeína. Não está claro se o consumo excessivo de café durante a gravidez afeta o recém-nascido. O uso do aspartame, um adoçante artificial, durante a gravidez parece seguro quando ele é consumido como adoçante dietético na quantidade recomendada.
O uso de cocaína durante a gestação aumenta o risco de aborto espontâneo; o descolamento precoce da placenta (abruptio placentae); defeitos congênitos do cérebro, dos rins e dos órgãos genitais; e os recém-nascidos podem apresentar um comportamento menos interativo. Não existem evidências conclusivas de que a marijuana (maconha) causa defeitos congênitos ou interfere no crescimento e no desenvolvimento do feto. Contudo, estudos sugerem que o consumo exagerado de marijuana durante a gestação pode acarretar um comportamento anormal nos recém-nascidos.

Talidomida

A talidomida (C13H10N2O4) é uma substância usualmente utilizada como medicamento sedativo, anti-inflamatório e hipnótico. Devido a seus efeitos teratogénicos, tal substância deve ser evitada durante a gravidez e em mulheres que podem engravidar, pois causa malformação ou ausência de membros no feto.
História
Thalidomide Baby.jpg
A talidomida chegou ao mercado pela primeira vez na Alemanha em 1 de outubro de 1957. Foi comercializada como um sedativo e hipnótico com poucos efeitos colaterais. A indústria farmacêutica que a desenvolveu acreditou que o medicamento era tão seguro que era propício para prescrever a mulheres grávidas, para combater enjôos matinais.
Foi rapidamente prescrita a milhares de mulheres e espalhada para todas as partes do mundo (46 países), sem circular no mercado norte-americano.
Os procedimentos de testes de drogas naquela época eram muito menos rígidos e, por isso, os testes feitos na talidomida não revelaram seus efeitos teratogénicos. Os testes em roedores, que metabolizavam a droga de forma diferente de humanos, não acusaram problemas. Mais tarde, foram feitos os mesmos testes em coelhos e primatas, que produziram os mesmos efeitos horríveis que a droga causa em fetos humanos.
No final dos anos 1950, foram descritos na Alemanha, Reino Unido e Austrália os primeiros casos de malformações congênitas onde crianças passaram a nascer com focomielia, mas não foi imediatamente óbvio o motivo para tal doença. Os bebês nascidos desta tragédia são chamados de "bebês da talidomida", ou "geração talidomida". Em 1962, quando já havia mais de 10.000 casos de defeitos congênitos a ela associados em todo o mundo, a Talidomida foi removida da lista de remédios indicados[2].
Cientistas japoneses identificaram em 2010 como a talidomida interfere na formação fetal. Eles descobriram que o medicamento inativa a enzima cereblon, importante nos primeiros meses de vida para a formação dos membros.[3][4]
Por um longo tempo, a Talidomida foi associada a um dos mais horríveis acidentes médicos da história. Por outro lado, estão em estudo novos tratamentos com a talidomida para doenças como o cancro, câncer de medula[5] e, já há algum tempo, para a hanseníase[6].
O uso da talidomina é indicada em cerca de 60 tratamentos, para doenças como lúpus, alívio dos sintomas de portadores do HIV, diminuição do risco de rejeição em transplantes de medula e artrite reumatoide[3].

 Química Farmacêutica

A talidomida é um derivado do ácido glutâmico e estruturalmente contém dois anéis amida e um único centro quiral. Este composto existe na forma de mistura equivalente dos isómeros S(-) e R(-) que se interconvertem rapidamente em condições fisiológicas. O enantiómero S está relacionado com os efeitos teratogénicos da talidomida enquanto que o enantiómero R é responsável pelas propriedades sedativas da mesma.

Talidomida no Brasil

O uso da talidomida no Brasil é regulamentado pela Portaria SVS/MS nº 354, de 15.08.97[carece de fontes?]. No Rio de Janeiro, no ano de 2000, foi editada a Resolução SES nº 1504, de 15 de junho de 2000, no sentido de criar um Grupo Técnico de Trabalho para Implantação de Protocolo Terapéutico de Utilização da Talidomida[7]. Pouco se sabe do uso da Talidomida no Brasil. Segundo conta, a Talidomida, por força da Portaria nº 354, é proibida para mulheres em idade fértil em todo o território nacional[8].
Em 2010 foi instituida a lei 12.190 [9] que complementa a lei 7.070, de 1982, e representa gastos de aproximadamente R$ 34,5 milhões como pensão especial, mensal, vitalícia e intransferível, aos portadores da deficiência. Serão 227 vítimas que vão receber R$ 50 mil em indenização, valor que aumentará na medida em que ocorra dependência resultante da deficiência física.[10]
No Brasil, somente o laboratório da Fundação Ezequiel Dias está autorizado a produzi-la [

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Visitantes do Dia da Universidade Aberta passam por experiência de cadeirante

Não é raro encontrar cadeirantes circulando pelas ruas. Também já foram feitas diversas reportagens de televisão ou matérias para jornais e revistas mostrando as dificuldades pelas quais passa uma pessoa que depende da cadeira de rodas. No entanto, a maioria não sabe como é estar nesta situação.

Pois a proposta da Oficina de Cadeira de Rodas realizada nesta edição do Dia da Universidade Aberta é “justamente permitir que as pessoas passem pela experiência de um cadeirante”, explica a Beatriz Rosin, aluna do 4º semestre do curso de Fisioterapia. “Nós colocamos duas cadeiras diferentes, uma utilizada por quem pratica alguma atividade física, o basquete principalmente, e outra comum, para que as pessoas percebam os diferentes graus de dificuldade de cada uma”, explicou.

Os participantes têm que passar por um circuito em ziguezague entre cones e fazer algumas curvas antes de chegar ao final. O tempo é cronometrado e aquele que fizer o percurso em menos tempo levará um brinde.

Nathalia Caroline de Araújo, 16, disse que achou um pouco difícil a tarefa. “Eu me senti ‘presa’, limitada e vi realmente como se sente um cadeirante.” Já Luana França, ao ver a atividade, foi até lá, pois nunca precisou usar uma cadeira de rodas e queria saber como é. Depois da experiência, disse: “O começo foi difícil, ainda mais na hora de virar. Precisa ter muita força nos braços”.

1º CONCURSO DE BELEZA MISS DEFICIENTE VISUAL ACERGS 2011

Olá meninas! A Rita do Blog Meu jeito Rita de ser tem uma irmã deficiente visual. Ela perdeu a visão há quase 6 anos em virtude da Diabetes. Desde então ela vem se adaptando e para isso frequenta entidades e ONGs epeciais para deficiente. Estou aqui para ajudar a Rita e a irmã dela, e divulgar o I CONCURSO DE BELEZA MISS DEFICIENTE VISUAL ACERGS 2011.



O Concurso é promovido pela ACERGS (Associação de Cegos do Rio Grande do Sul).




O evento será realizado no dia 07 de junho de 2011, onde será escolhida a mais bela DEFICIENTE VISUAL DO RIO GRANDE DO SUL. Este é um concurso de beleza, dirigido exclusivamente para pessoas do sexo feminino, com deficiência visual, com idade entre 18 e 35 anos.



A inscrição no concurso é gratuita e pode ser efetuada até o dia 30 de maio próximo.



A candidata vencedora irá representar a entidade no CONCURSO DE BELEZA MISS DV BRASIL, que está sendo promovido pela ADEVIRN (Associação de Deficientes Visuais do Rio Grande do Norte), com realização no dia 23 de julho de 2011, onde será selecionada a mais bela DEFICIENTE VISUAL DO BRASIL.



Uma vez que trata-se do 1º concurso de beleza que estamos organizando, buscamos parcerias de apoio para este evento. Por isso empresas interessadas a patrocinar o evento entre em contato com Marcela Fone: (51) 32253816 / 32254911 ou pelo e-mail: escritorio@acergs.org.br



Mais do que uma divulgação de um evento dirigido a beleza, trata-se de uma ação de inclusão social.

Clamor do Deficiente

Ei
Vem cá
Eu preciso de Você
Preciso de tua mão
Não porque sou deficiente
Afinal, quem é perfeito?
Preciso de tua ajuda
Não porque sou “eficiente”
Pois, será que existe alguém eficiente?
Preciso de teu apoio
Não que eu seja especial
Especiais todos são
Cada um com sua particularidade.
Preciso de teu carinho
Não que eu seja diferente,
Diferente é cada um
Cada qual é cada qual
Ninguém é igual.
Preciso de sua atenção
Porque sou gente
Alguém que pensa
Com minha maneira de pensar
Alguém que faz
Com meu jeito de fazer
Alguém que ama.
Ah! Como sei amar!
Alguém que chora, sorri e canta
Com minha forma de sentir
Sou alguém humano
Filho de humanos
Que precisa de vida de humano.
Não preciso ser incluído
Preciso ser tratado como sou
Onde me couber
Onde eu seja eu
Preciso de você
Para me respeitar como sou
Para me ajudar a construir minha dignidade
Para eu ser realmente eu, como você deseja ser você.
Preciso de você
Como você precisa de mim
Pois fomos feitos para a comunhão
Por isso somos chamados
Irmãos

Grandes músicos deficientes físicos

 


Henderson Brack (1839-1924)
Henderson só tinha um braço, porque o outro ele perdeu na Guerra Civil, aprendeu a tocar com o arco posicionado entre os joelhos.
Bert Amend
Bert Amend um operário, perdeu um braço na virada do século XX .
Ele era apaixonado por música, e em vez de deixar esse infeliz incidente prejudicar sua determinação em ser um músico, ele partiu para modificar os instrumentos para que ele pudesse tocá-los. Seu grupo cresceu, e por causa de sua forma inovadora de modificar instrumentos, Bert é conhecido como uma história de sucesso no mundo da música.
WC Williams
Infelizmente, não consigo encontrar muita informação sobre o WC Williams, que, obviamente, tocou um monte de instrumentos e só tinha um braço. Website Deke estima que esse cartão postal é de entre 1910 e 1920.
Emory Martin
O banjo é um instrumento notoriamente difícil de jogar.
Então, imagine tocar esse instrumento com apenas uma mão. Seria difícil, não é? Emory fazia parte de um show que passou por Floyd, Virginia em algum momento de 1940. Não só podia tocar com um braço, mas ele também tocava o banjo com os pés!
Ray Myers (1889-1956)
Ray Myers era um guitarrista sem braços que tocava seu instrumento com os pés. Ray nasceu sem braços, mas isso não o impediu de vencer. Ele até se tornou um motorista licenciados nos estados da Pensilvânia e Virgínia Ocidental, sem a ajuda de um veículo modificado.

O bloco de carnaval “Deficiente é a Mãe” é acolhido e apadrinhado pelo Pacotão.

A Diretoria da ABDV juntamente com o FAPEDE e outras Entidades está organizando a criação de um Bloco de Carnaval que além de um espaço de inclusão cultural e diversão saudável, seja também um espaço para a livre manifestação e expressão artística das pessoas com deficiência. A idéia central é uma manifestação com ironia e muito humor, a cerca das barreiras da exclusão e as políticas relacionadas. Por este motivo, nosso Bloco foi acolhido e apadrinhado pelo Pacotão.
O nome escolhido pelos organizadores foi: “Deficiente é a Mãe” Fazendo um contraponto com o estereótipo de pessoas com deficiência como incapazes ou ineficientes.
Algumas das frases sugeridas para a confecção dos estandartes são:
To surdo de tanto ouvir promessas.
Cego é quem ainda acredita.
To incluído aonde?
Fui incluído nas estatísticas!
DF “SEM LIMITES”: Sem transporte; sem emprego; sem acessibilidade; sem saúde…
To deficiente de governo.
Mande sua sugestão com novas frases para: abdvweb@gmail.com
A Organização já conseguiu 200 abadás, carro-de-som e estamos aguardando a confirmação de três ônibus. Através da ACORDE-DF, para fazer os trajetos rodoviária-concentração e dispersão-rodoviária.
A organização do Pacotão disponibilizou alguns seguranças e um cordão de isolamento, para assegurar integridade das pessoas.
O evento acontecerá no domingo (19 de fevereiro) com a concentração na 302 Norte, a partir das 14 horas. Faça sua inscrição prévia e garanta o seu abadá.
Você também pode criar a fantasia ou estandarte que quiser, pois como já mencionamos, este é um espaço de livre manifestação e expressão.
Serviço: Bloco Deficiente é a Mãe
Data: 19 de fevereiro de 2012 (domingo) a partir de 14 horas
Local: Concentração na 302 Norte
Acesso Livre
Info: abdvweb@gmail.com
Fonte: Facebook

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A importância da reabilitação física

Em casos de traumas provocados por acidentes, internação prolongada e sequelas de AVC, entre outros, contar com um programa de reabilitação é fundamental.
A reabilitação é o processo destinado a restabelecer as funções do paciente prejudicadas por doenças, acidentes ou outros eventos, propiciando seu retorno ao ambiente familiar, social e de trabalho. Para se ter uma ideia de sua importância, a reabilitação ajuda os pacientes que tiveram um acidente vascular cerebral a se recuperar de sequelas. Além disso, confere mais equilíbrio e autonomia a pessoas com problemas ortopédicos, diminuindo o risco de quedas, aumentando sua autoconfiança e melhorando sua qualidade de vida. Mas em que condições, com quais recursos e por quem esse processo deve ser conduzido? O trabalho de reabilitação pode ser iniciado durante a internação, estando o paciente ainda sob tratamento, logo após a estabilização de suas condições de saúde. O primeiro passo é a avaliação feita por um especialista na área que, em conjunto com os outros membros da equipe médica, faz o diagnóstico em relação à incapacidade do paciente e traça os objetivos de recuperação. Ele define quais recursos materiais e humanos serão necessários. Também indica os medicamentos para o tratamento de condições prejudiciais, como dor ou rigidez. É fundamental que o processo de reabilitação conte com a participação de uma equipe formada por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista e enfermeiro de reabilitação, entre outros profissionais.
Após a alta, o tratamento pode prosseguir de duas maneiras: na casa do paciente ou em um centro de reabilitação. No restabelecimento de funções e movimentos, a utilização de alguns equipamentos também é decisiva para o sucesso. Entre os mais conhecidos, estão os aparelhos de eletroestimulação (que emitem choques leves para estimular a área afetada), eletroanalgesia (para dor) e a prancha ortostática, que serve para dar apoio ao paciente que não consegue ficar em pé. A essa lista podem ser acrescentados recursos como hidroterapia, tecnologias para treino de equilíbrio e de caminhadas, além de bicicletas ergométricas adaptadas e esteiras.
A reabilitação pode ser iniciada ainda durante a internação e, após a alta, prosseguir de duas maneiras: na casa do paciente ou em um centro de reabilitação.
Indicada para os casos em que o paciente não necessita ficar internado e sua residência apresenta condições para receber uma estrutura de atendimento, a reabilitação domiciliar confere algumas vantagens ao tratamento, como o conforto do lar e a proximidade da família. De maneira geral, é possível adaptar os equipamentos necessários ao ambiente doméstico.
Independentemente do modelo adotado – hospitalar ou domiciliar – o mais importante na reabilitação é fazer uma avaliação minuciosa de cada caso e oferecer um plano de cuidados personalizado e adequado à necessidade do paciente. Os últimos anos trouxeram boas novidades tanto em avanços tecnológicos quanto na capacitação dos profissionais envolvidos, o que tem garantido um reconhecimento da importância da reabilitação.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A prótese de perna mais legal do mundo

Você já parou para pensar como seria a sua vida se um acidente fizesse com que a sua perna fosse amputada? Para muitas pessoas perder uma perna seria um motivo para entrar em depressão e outras pensariam até em se matar.
Entretanto, o rapaz destas fotos pintou a sua prótese com um visual realista que mostra o músculo se unindo ao metal. Um belo exemplo de superação.







Aspectos téoricos da atividade aquática para deficientes

I. Introdução
Nos últimos anos, muito se tem falado, muito se tem escrito sobre os efeitos benéficos das atividades na água para pessoa portadora de deficiência, mas na realidade, a utilização da água como elemento terapêutico, não é novo, pois de acordo com Harris (1978) apud Lépore et al (1998), já desde o tempo de Hipócretes, a água era utilizada no auxílio à reabilitação; por exemplo, os gregos e romanos já utilizavam a água corrente para a cura de doenças Moran ( 1979) apud Lépore et al (1998). Nos Estados Unidos, a atividade na água como terapia iniciou-se antes mesmo da Primeira Guerra Mundial, sendo utilizada para indivíduos com problemas reumáticos. Segundo Lépore et al (1998), Charles Lowman foi considerado o pai dos exercícios aquáticos como terapia e sistematizou a hidroterapia por volta de 1930. Após a Segunda Guerra Mundial, a água também, foi grandemente utilizada como elemento terapêutico para traumáticos e amputados, bem como para soldados com problemas psicológicos.
A natação para pessoas portadoras de deficiência é compreendida como a capacidade do indivíduo para dominar o elemento água, deslocando-se de forma independente e segura sob e sobre a água utilizando, para isto, toda sua capacidade funcional, residual e respeitando suas limitações.
A água apresenta propriedades que facilitam para o indivíduo sua locomoção sem grande esforço, pois sua propriedade de sustentação (empuxo) e eliminação quase que total da força da gravidade, podem segundo Campion (2000), “aliviar o estresse sobre as articulações que sustentam o peso do corpo, auxiliando no equilíbrio estático e dinâmico, propiciando dessa forma maior facilidade de execução de movimentos que, em terra seriam muito difíceis ou impossíveis de serem execultados”.

II. Objetivos
Objetivos gerais
Demostrar através de aspectos teóricos os benefícios da atividade aquática para portadores de deficiência.

Objetivos específicos
  • Apresentar de forma teórica os benefícios fisiológicos sobre os sistemas cardiovascular, respiratório e locomotor;
  • Apresentar de forma teórica os benefícios psicossociais;
  • Apresentar de forma teórica os benefícios cognitivos;
  • Demonstrar de forma teórica os efeitos terapêuticos de atividades realizadas na água.


III. Fundamentação teórica

Benefícios fisiológicos
Segundo Campion (2000), “ quando o corpo está exposto a um estímulo frio, por exemplo, em água de temperatura fria, estes vasos se contraem, evitando que seja liberado calor interno, ao contrário, se o estímulo de calor é maior que a temperatura interna, há uma vaso dilatação para que o calor seja liberado e a temperatura se mantenha em equilíbrio. Com as mudanças constantes de temperatura interna da água este mecanismo é constantemente acionado, fazendo com que o organismo adquira uma maior resistência contra mudanças bruscas de temperatura externa, proporcionando ao indivíduo, também, maior resistência contra as doenças provocadas pelas intempéries do meio”.
Para o mesmo autor, “ concomitantemete com a grande influência sobre os sistema de regulação térmica, a água, também, apresenta grande significado na melhoria do sistema circulatório e coração, pois a pressão e a resistência exercidas pela água sobre o corpo, juntamente com esforço exigido na execução dos movimentos agem diretamente sobre o sistema, uma vez que provoca o aumento do metabolismo, promovendo o fortalecimento da musculatura cardíaca, o aumento do volume do coração e uma consequente melhoria no sistema circulatório, já no sistema respiratório provocará o fortalecimento dos músculos respiratórios, aumento do volume máximo respiratório e consequente melhoria, também na elasticidade da caixa torácica”.
“Em se tratando de pessoas portadoras de deficiência, juntamente com grande dificuldade de equilíbrio e desenvolvimento da marcha, as características peculiares da água como alta viscosidade, espessura, eliminação da gravidade vêm contribuir para a realização de exercícios de educação e/ou reeducação motora, proporcionando-lhes maior segurança na execução dos movimentos”. (Lépore, 1999)

Benefícios psicossociais
Ao contrário do que muitos pensam, a natação não é uma atividade solitária e extremamente individualista. Segundo Lépore (2000), “atividades aquáticas ou aprender a nadar é também um processo de aprendizagem de socialização. Daí a necessidade do portador de deficiência aprender a galgar degrau a degrau, inicialmente, relacionando-se indivíduo-objeto para depois pessoa-pessoa e, por último, o indivíduo interagindo com o grupo. As atividades aquáticas devem propiciar ao indivíduo situações de desenvolvimento de atividades em pequenos e grandes grupos, estimulando assim as experiências corporais, a integração e o convívio social”.
Para Campion (2000), “o aspecto psicológico, o efeito na melhoria do humor e na motivação em pessoas portadoras de deficiência é altamente significativo através da natação, além de possibilidade de descarregar as tensões psíquicas através do poder de relaxamento da água e satisfazer as necessidades de movimento”.

Benefícios cognitivos
Os aspectos motivacionais e propriedades terapêuticas da água estimulam o desenvolvimento da aprendizagem cognitiva e o poder de concentração, pois o aprendiz busca compreender o movimento do seu próprio corpo explorando as várias formas de se movimentar, adaptando suas limitações às propriedades da água (Dulcy, 1983 apud Lépore et al 1998). De acordo com American Red Cross, 1977 apud Lépore et al 1998, muitos instrutores de atividades motoras na água têm interagidos conteúdos da aprendizagem escolar nas atividades aquáticas, reforçando desta forma o aspecto cognitivo destas crianças, por exemplo, contar viradas, mergulhar objetos de formas e cores diferentes, entre outras.

Efeitos terapêuticos da atividade na água
Para Lépore (1999), podemos conseguir os seguintes efeitos obtidos com exercícios terapêuticos da água, considerando os vários tipos de deficiências, tais como:
  • Diminuição de espasmos e relaxamento muscular;
  • Alívio da dor muscular e articular;
  • Manutenção ou aumento da amplitude do movimento articular;
  • Fortalecimento e aumento da resistência muscular localizada;
  • Melhoria circulatória e na elasticidade da pele;
  • Melhoria no equilíbrio estático e dinâmico;
  • Relaxamento dos órgãos de sustentação (coluna vertebral)
  • Melhoria da postura;
  • Melhoria da orientação espaço-temporal.


IV. Material e método
O presente trabalho foi realizado através de análise de conteúdo.

V. Discussão
A atividade na água, ou o movimento de nadar, significa para o portador de deficiência muitas vezes, um momento de liberdade, momento este em que consegue movimentar-se livremente, sem auxílio de bengala, muletas, pernas mecânicas ou cadeiras de rodas. O movimento livre lhe propicia a possibilidade de experimentar suas potencialidades, de vivenciar suas limitações, isto é, conhecer a si próprio, confrontar-se consigo mesmo, quebrar as barreiras com seu “eu” próprio. A partir do momento em que o portador de deficiência descobre suas potencialidades, apesar das suas limitações, descobrindo sua capacidade de se movimentar na água, sem auxílio, inicia seu prazer em desfrutar a água, cresce a sua auto-estima, aumenta sua auto-confiança, consequentemente sua independência.

VI. Conclusào e recomendação
Conclui-se o presente estudo entendendo-se que a atividade aquática satisfaz as necessidades do deficiente, especialmente a necessidade de “açao”, por isso ela deve ser vista como fator de desenvolvimento, tanto fisiológico, psicossocial e cognitivo a qual pode desvincular-se das situações reais e levá-la a agir independentemente do que ela vê.
Recomenda-se o trabalho de estimulação aquática para o deficiente através da Educação Física Adaptada, uma vez que o mesmo sempre esteve sob domínio de outras áreas como a médica, pois a estimulação aquática é um trabalho desenvolvido de uma forma menos rotineira, mecânica, restritiva e reforçadora da deficiência.

Referências bibliográficas
  • Adams, Ronald C.. Jogos, Esportes e Exercícios para Deficientes Físicos. São Paulo, ed. Manole, 1985.
  • Lépore, Mônica. Programas Aquáticos Adaptados. São Paulo, ed. Atheneu, 1999.
  • Campion, Margareth. Hidroterapia: princípios e prática. São Paulo: ed. Manole, 2000