Todos querem se envolver, mas ninguém quer se comprometer. Todos querem levar crédito, mas não querem o trabalho.
É incrível como hoje em dia as pessoas gostam menos de compromisso. Geralmente, o desapego às obrigações
se torna mais comum nesse universo em que vivemos e convivemos. Ninguém
é mais engajado em atividades que tomem o tempo ou seja duradouras. E
isso se reflete nas relações humanas. Estar comprometido com algo não é
para qualquer um. Por quê?
Por que estar comprometido toma
tempo, dá trabalho e é difícil. É necessário responsabilidade. E não só
com o trabalho ou carreira, mas também ter responsabilidade com as
pessoas.Certa é a frase “todos querem emprego, mas poucos querem
trabalho”. Afinal, ficar é bem mais fácil que namorar: não precisa
confiar muito ou compartilhar alguma coisa. Basta querer a parte .
E o pior: o que as pessoas querem? Um bom emprego, um amor pra vida,
saúde pra dar e vender, isso quando não são extremamente materialistas e
querem apenas dinheiro, carro, ser famoso, etc. Não importa. Para obter
qualquer coisa nesta ou em outra vida é necessário comprometimento.
Ninguém tem um bom emprego se não se dedicar, seja nos estudos, seja na
rotina de trabalho. Ter um amor, saúde e até ser famoso exige dedicação,
comprometimento. Ninguém chega nos alpes se não escalar.
E pra
complicar mais ainda é que vivemos em uma sociedade que tolera o
“jeitinho brasileiro”. Que acha melhor passar na prova colando do que
perder tempo estudando. Que prefere ter uma paixão para cada dia da
semana do que um amor pra vida inteira. Esse tipo de incoerência, ainda
que incosciente, faz com que sejamos cada vez mais fáceis. Somos
corrompidos por menos, temos mais novos amigos de “infância” e levamos
vantagem com a perda de nossos próprios valores. Só pra lembrar, quem
está a frente deste país não é outro senão um de nós.
Afinal,
precisamos nos comprometer com o futuro, não só nosso mas dos outros
também. “Falar que o meu destino não está ligado ao seu é o mesmo que
dizer que o seu lado do navio está afundando”.
Acho que essa falta de comprometimento se resume no medo que hoje assombra as pessoas.
O medo de se tornar responsável e não conseguir dar conta, de se expor e não ser recompensado, o medo de falhar.
Falta hoje a coragem de se arriscar, de se jogar de coração em busca do
que deseja e acredita independentemente se dará ou não certo.
É mais fácil pensar que dará errado, então, para que tentar?
- O não eu já tenho, então o que me custa arriscar?
Penso que o que anda faltando é a coragem para se arriscar e assumir o risco.
Chamo isto de REGRA DE COMPORTAMENTO ( Saber o que tem que fazer e faze-lo com responsabilidade ).
Pessoas perdem coisas boas por causa da falta de compromisso. Perdem
oportunidades, às vezes únicas na vida, pelo simples fato de se acharem:
despreparadas; novas; imaturas; melhores que o oferecido; incapazes de
dar conta do recado; sem vontade mesmo; e outros tantos motivos. No fim,
tudo se resume a não querer arcar com as conseqüências de uma decisão
tomada.
Então, na vida, tudo que queremos fazer se resume em
projetos. E projetos são compromissos. Se queremos algo, nos mudamos,
nos alinhamos, nos melhoramos, a fim de que este compromisso aconteça.
É complicado entender o que nos faz fugir dos compromissos.
Todos querem se envolver, mas ninguém quer se comprometer.
Autor Desconhecido
sábado, 21 de setembro de 2013
Da importância dos movimentos populares
Os
movimentos populares retornam às ruas do Brasil e pedem justiça social,
melhores condições de trabalho e de emprego, direitos iguais, mostrando
que a democracia se efetiva. Além disso, os movimentos trazem consigo a
função de conscientizar a população de que o governo brasileiro ainda
não sabe lidar com seu povo.
Seja
na marcha pela liberação da maconha, nas lutas dos direitos dos
homossexuais, nas reivindicações trabalhistas – sejam as dos
metalúrgicos, as dos médicos, as dos bombeiros, dos professores – nas
manifestações estudantis por melhores condições de educação e
transporte, o direito máximo de reivindicação e de liberdade de
expressão não foi respeitado. Mais do que isso, o Estado mostrou-se
despreparado para o diálogo e preferiu, sempre, a violência, acreditando
ser ela a melhor maneira de calar o povo brasileiro que volta às ruas.
Para
aumentar ainda a problemática, costumes retrógrados de setores sociais
vêm sendo incomodados pelas manifestações populares. Conquistando
direitos, apontando problemas, questionando condutas, as manifestações
sociais brasileiras deflagram uma casta da sociedade favorável à extrema
direita, rançosa, fascista, que vem a público, lançando mão de velhos
discursos, querendo convencer que calar o povo é proteger a moral e os
bons costumes.
Esses
setores, na figura de seus representantes públicos, acreditam que é uma
conduta moral a de manter uma sociedade sectária, feita para castas e
voltada para o interesse de poucos. Acham que os bons costumes são o
povo apanhar e os eleitos se safarem de seus peculatos, de suas
homofobias, de seus preconceitos de vária ordem e acreditam numa
sociedade pouco democrática, interpretando “ordem” como a nulidade de
reclamação e “democracia” como um governo feito por elites para mandar
desmedidamente nas massas, seja pelo meio que for. Acreditam esses
governantes que cercear a liberdade de escolha – seja ela sexual,
política, religiosa e de comportamento – é a melhor maneira de governar.
Para esta casta fascista, tudo o que não se enquadra, que não é
possível de ser mantido por um poder vertical e dogmático, deve ser
excluído do meio social.
As
manifestações populares têm função importante neste processo: denunciar
estes fascistas e fazer valer a lei que tanto precisa ser lembrada a
todo custo: a de que o Brasil é um país livre, e a liberdade é o
elemento primeiro em um estado democrático de direito e deve ser mantida
a todo custo, nem que para isso seja preciso enfrentar o poder
instituído.
Só com a
volta dos movimentos populares, com o povo novamente nas ruas,
poderemos garantir o estado democrático de direito e acabar de vez com
esta casta que quer voltar aos tempos dos desmandes desmedidos, em nome
de um discurso velho e ultrapassado.
Por
mais que a mídia queira a todo custo convencer a sociedade brasileira
que as manifestações populares são uma mostra de desestabilidade
governamental, tais protestos dão ao Brasil aquilo que há muito o
governo recusa: o direito popular de reivindicação, o poder democrático
de cobrar das autoridades eleitas pelo voto popular que cumpram suas
obrigações, governando pelo e para o povo de forma igualitária e justa,
respeitando as leis deste país.
Por
isso, a vitória hoje no Supremo Tribunal Federal foi a da liberdade.
Por isso também o cancelamento por causa das manifestações estudantis do
Fórum sobre a reforma eleitoral, que seria feito em Vitória nesta
quarta-feira, com a presença do vice-presidente da República, foi uma
mostra de que o Estado não sabe lidar com a democracia.
Cabe
ao povo defender a liberdade. Então, é importante que fiquemos nas ruas
e lutemos por nosso direito. Essa é, creio, a maior importância dos
movimentos populares que aumentam em todo o Brasil e que se concentrarão
na Marcha da Liberdade, dia 18. Todos representam um passo importante
da democracia brasileira contra os velhos métodos de governar o país.
FONTE: http://desdequeosambaesamba.blogspot.com.br/2011/06/da-importancia-dos-movimentos-populares.html
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