Na
semana em que se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de
Deficiência (21 de setembro), o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), em parceria com a Coordenadoria Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), recebem no Rio de
Janeiro representantes dos institutos de estatísticas e organizações
internacionais de mais de 40 países, que participarão de dois encontros
internacionais - 2º Seminário Regional do Grupo de Washington e 5º
Encontro Anual do Grupo de Washington - com o objetivo de discutir a
produção das estatísticas sobre pessoas portadoras de deficiência.
O presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, participará, na segunda-feira, dia 19, às 9h30, da
abertura do 2º Seminário Regional do Grupo de Washington (19 e 20 de
setembro), no Othon Palace Hotel, em Copacabana, ao lado da
coordenadora-geral da CORDE, Izabel Maior, da diretora do Centro
Nacional de Estatísticas sobre Saúde, Jennifer Madans, e da
representante do IBGE no Grupo de Washington, Alicia Bercovich. Nos dias
21 a 23 de setembro, IBGE e CORDE recebem, no mesmo local, o 5º
Encontro Anual do Grupo de Washington. Em pauta nos encontros, a
produção e harmonização das estatísticas sobre as pessoas portadoras de
deficiência.
Estes encontros são anuais
e se realizam de preferência em distintas regiões do mundo. O primeiro
foi em Washington (EUA, 2001), o segundo em Ottawa (Canadá, 2002), o
terceiro em Bruxelas (Bélgica, 2003), o quarto em Bangkok (Tailândia,
2004), e agora o quinto no Rio de Janeiro (Brasil, 2005). Além da
reunião anual em 2005, o Washington Group on Disability Statistics (WG)
realizou sua primeira reunião regional em junho de 2005 em Nairobi
(Kenya).
No Brasil, 14,5% da população são pessoas portadoras de deficiência
Os resultados do Censo
2000 mostram que, aproximadamente, 24,6 milhões de pessoas, ou 14,5% da
população total, apresentaram algum tipo de incapacidade ou deficiência.
São pessoas com ao menos alguma dificuldade de enxergar, ouvir,
locomover-se ou alguma deficiência física ou mental.
Entre 16,6 milhões de
pessoas com algum grau de deficiência visual, quase 150 mil se
declararam cegos. Já entre os 5,7 milhões de brasileiros com algum grau
de deficiência auditiva, um pouco menos de 170 mil se declararam surdos.
É importante destacar que a
proporção de pessoas portadoras de deficiência aumenta com a idade,
passando de 4,3% nas crianças até 14 anos, para 54% do total das pessoas
com idade superior a 65 anos. A medida que a estrutura da população
está mais envelhecida, a proporção de pessoas com deficiência aumenta,
surgindo um novo elenco de demandas para atender as necessidades
específicas deste grupo.
Os dados do Censo 2000
mostram, também, que os homens predominam no caso de deficiência mental,
física (especialmente no caso de falta de membro ou parte dele) e
auditiva. O resultado é compatível com o tipo de atividade desenvolvida
pelos homens e com o risco de acidentes de diversas causas. Já a
predominância das mulheres com dificuldades motoras (incapacidade de
caminhar ou subir escadas) ou visuais é coerente com a composição por
sexo da população idosa, com o predomínio de mulheres a partir dos 60
anos.
O conceito ampliado
utilizado no Censo 2000 para caracterizar as pessoas com deficiência,
que inclui diversos graus de severidade na capacidade de enxergar, ouvir
e locomover-se, é compatível com a Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), divulgada em 2001 pela
Organização Mundial de Saúde (OMS).
Aproximadamente 9 milhões de pessoas portadoras de deficiência estão trabalhando
Quando se trata da
inserção de pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho,
verifica-se uma proporção de pessoas ocupadas menor neste grupo que no
das pessoas sem nenhuma das deficiências investigadas. Das 65,6 milhões
de pessoas de 10 anos ou mais de idade que compõem a população ocupada
no País, 9 milhões são portadoras de alguma das deficiências
pesquisadas.
A taxa de escolarização
das crianças de 7 a 14 anos de idade, portadoras de deficiência é de
88,6%, portanto seis pontos percentuais abaixo da taxa de escolarização
do total de crianças nesta faixa etária que é de 94,5%.
Em relação à instrução, as
diferenças são marcantes: 32,9% da população sem instrução ou com menos
de três anos de estudo é portadora de deficiência. As proporções de
portadores de deficiência caem quando aumenta o nível de instrução,
chegando a 10% de portadores de deficiência entre as pessoas com mais de
11 anos de estudo.
A proporção de pessoas
ocupadas de 10 anos ou mais de idade é de 51,8% para os homens
portadores de deficiência e de 63,0% para os homens que declararam não
possuir nenhuma das deficiências investigadas, ou seja, uma diferença
maior que 10%. Diferença semelhante é observada entre as mulheres: a
proporção de ocupadas varia entre 27% e 37%. O tipo de deficiência que
dificulta mais a inserção no mercado de trabalho é a deficiência mental:
somente 19,3% das pessoas que declararam apresentar deficiência mental
permanente estão ocupadas. As outras incapacidades permitem uma inserção
maior no mercado de trabalho: incapacidade física ou motora (24,1%),
dificuldade na audição (34,0%) e dificuldade para enxergar (40,8%). Para
quem não apresenta nenhuma destas deficiências, a proporção de pessoas
ocupadas sobe para 49,9%.
Outras informações sobre os encontros anteriores do Grupo de Washington podem ser obtidas no site http://www.cdc.gov/nchs/citygroup.htm
O encontro será no Othon Palace Hotel - Avenida Atlântica, nº 3.264 - Copacabana - RJ
Comunicação Social
16 de setembro de 2005
16 de setembro de 2005
Achei super valida as informacoes acerca dos dados de cadeirantes e deficientes fisicos no Brasil. Sou advogado, tenho 42 anos e meu pai de 84 anos sofreu uma queda, operou e esta com 3 pinos no colo do femur, impossibilitado de andar. E agora que percebi o quanto é dificil a acessibilidade e as dificuldades de um cadeirante! Tentei leva-lo à praia e nao ha acesso, um absurdo! Gostaria de tentar uma parceria com voces e empresas privadas para a acessibilidade em locais publicos, principalmente a praia que é aonde meu pai mais gostava de ir.
ResponderExcluirSou @Yuri Ckless estou no Instagram e Facebook. Abracos!
Boa Noite Yuri gostei muito do seu comentário, estou fazendo essa pesquisa na faculdade sobre inclusão, e seu comentário ajudou bastante.
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