domingo, 3 de novembro de 2013

PARABENS A NOSSA CONSTITUIÇÃO DEFICIENTE!

            Se você fracassa em enxergar a pessoa e vê só a deficiência, então quem é o cego ?
                    Se você não consegue escutar o grito de seu irmão clamando por justiça, então quem é o surdo ?
                    Se você não se comunica com sua irmã, e a mantém afastada de você, então quem é o mudo ?
Se o seu coração é sua mente não se estende para o seu vizinho, quem então tem deficiência mental ?
Se você não se levanta para os Direitos de todas as pessoas, então quem é o cadeirante ?
                    Dia 3 de Dezembro será comemorado o dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Pouco ou quase nada a comemorar. A Constituição está ai, mas muitas coisas ainda não saíram do papel. Entre algumas conquistas podemos citar Lei do  Passe Livre, Vagas em concursos, reservas em moradias, transportes. Mais ainda tem muito o que fazer, como por exemplo uma melhor avaliação do grau de deficiências para o quesito aposentadoria, pois ainda é olhado pelo perito como uma avaliação qualquer. Tem mais chance de se aposentar quem corta um dedo, do que quem nasceu como uma deficiência e esta inapto para o trabalho.  No trânsito, um dia desse pude visualizar em plena Av Daniel  Portela em uma das vagas para pessoas portadoras de deficiências, sendo ocupados por alguém não permitido para estar ali, tirando a vaga de quem realmente precisa. Me lembrei de um scrap do face que dizia  em uma placa : " Vaga para deficientes físicos, mas que no momento está sendo utilizado por um burro". 

FONTE: http://www.goionews.com.br/noticia/2013/10/07/quem-e-o-deficiente/43582/ - COM ALGUMAS ADAPTAÇÕES MINHAS.

sábado, 21 de setembro de 2013

Falta de compromisso…

Todos querem se envolver, mas ninguém quer se comprometer. Todos querem levar crédito, mas não querem o trabalho.
É incrível como hoje em dia as pessoas gostam menos de compromisso. Geralmente, o desapego às obrigações se torna mais comum nesse universo em que vivemos e convivemos. Ninguém é mais engajado em atividades que tomem o tempo ou seja duradouras. E isso se reflete nas relações humanas. Estar comprometido com algo não é para qualquer um. Por quê?

Por que estar comprometido toma tempo, dá trabalho e é difícil. É necessário responsabilidade. E não só com o trabalho ou carreira, mas também ter responsabilidade com as pessoas.Certa é a frase “todos querem emprego, mas poucos querem trabalho”. Afinal, ficar é bem mais fácil que namorar: não precisa confiar muito ou compartilhar alguma coisa. Basta querer a parte .

E o pior: o que as pessoas querem? Um bom emprego, um amor pra vida, saúde pra dar e vender, isso quando não são extremamente materialistas e querem apenas dinheiro, carro, ser famoso, etc. Não importa. Para obter qualquer coisa nesta ou em outra vida é necessário comprometimento. Ninguém tem um bom emprego se não se dedicar, seja nos estudos, seja na rotina de trabalho. Ter um amor, saúde e até ser famoso exige dedicação, comprometimento. Ninguém chega nos alpes se não escalar.

E pra complicar mais ainda é que vivemos em uma sociedade que tolera o “jeitinho brasileiro”. Que acha melhor passar na prova colando do que perder tempo estudando. Que prefere ter uma paixão para cada dia da semana do que um amor pra vida inteira. Esse tipo de incoerência, ainda que incosciente, faz com que sejamos cada vez mais fáceis. Somos corrompidos por menos, temos mais novos amigos de “infância” e levamos vantagem com a perda de nossos próprios valores. Só pra lembrar, quem está a frente deste país não é outro senão um de nós.

Afinal, precisamos nos comprometer com o futuro, não só nosso mas dos outros também. “Falar que o meu destino não está ligado ao seu é o mesmo que dizer que o seu lado do navio está afundando”.

Acho que essa falta de comprometimento se resume no medo que hoje assombra as pessoas.
O medo de se tornar responsável e não conseguir dar conta, de se expor e não ser recompensado, o medo de falhar.
Falta hoje a coragem de se arriscar, de se jogar de coração em busca do que deseja e acredita independentemente se dará ou não certo.
É mais fácil pensar que dará errado, então, para que tentar?

- O não eu já tenho, então o que me custa arriscar?
Penso que o que anda faltando é a coragem para se arriscar e assumir o risco.
Chamo isto de REGRA DE COMPORTAMENTO ( Saber o que tem que fazer e faze-lo com responsabilidade ).

Pessoas perdem coisas boas por causa da falta de compromisso. Perdem oportunidades, às vezes únicas na vida, pelo simples fato de se acharem: despreparadas; novas; imaturas; melhores que o oferecido; incapazes de dar conta do recado; sem vontade mesmo; e outros tantos motivos. No fim, tudo se resume a não querer arcar com as conseqüências de uma decisão tomada.

Então, na vida, tudo que queremos fazer se resume em projetos. E projetos são compromissos. Se queremos algo, nos mudamos, nos alinhamos, nos melhoramos, a fim de que este compromisso aconteça.


É complicado entender o que nos faz fugir dos compromissos.

Todos querem se envolver, mas ninguém quer se comprometer.

Autor Desconhecido

Da importância dos movimentos populares


Os movimentos populares retornam às ruas do Brasil e pedem justiça social, melhores condições de trabalho e de emprego, direitos iguais, mostrando que a democracia se efetiva. Além disso, os movimentos trazem consigo a função de conscientizar a população de que o governo brasileiro ainda não sabe lidar com seu povo.
Seja na marcha pela liberação da maconha, nas lutas dos direitos dos homossexuais, nas reivindicações trabalhistas – sejam as dos metalúrgicos, as dos médicos, as dos bombeiros, dos professores – nas manifestações estudantis por melhores condições de educação e transporte, o direito máximo de reivindicação e de liberdade de expressão não foi respeitado. Mais do que isso, o Estado mostrou-se despreparado para o diálogo e preferiu, sempre, a violência, acreditando ser ela a melhor maneira de calar o povo brasileiro que volta às ruas.
Para aumentar ainda a problemática, costumes retrógrados de setores sociais vêm sendo incomodados pelas manifestações populares. Conquistando direitos, apontando problemas, questionando condutas, as manifestações sociais brasileiras deflagram uma casta da sociedade favorável à extrema direita, rançosa, fascista, que vem a público, lançando mão de velhos discursos, querendo convencer que calar o povo é proteger a moral e os bons costumes.
Esses setores, na figura de seus representantes públicos, acreditam que é uma conduta moral a de manter uma sociedade sectária, feita para castas e voltada para o interesse de poucos. Acham que os bons costumes são o povo apanhar e os eleitos se safarem de seus peculatos, de suas homofobias, de seus preconceitos de vária ordem e acreditam numa sociedade pouco democrática, interpretando “ordem” como a nulidade de reclamação e “democracia” como um governo feito por elites para mandar desmedidamente nas massas, seja pelo meio que for. Acreditam esses governantes que cercear a liberdade de escolha – seja ela sexual, política, religiosa e de comportamento – é a melhor maneira de governar. Para esta casta fascista, tudo o que não se enquadra, que não é possível de ser mantido por um poder vertical e dogmático, deve ser excluído do meio social.
As manifestações populares têm função importante neste processo: denunciar estes fascistas e fazer valer a lei que tanto precisa ser lembrada a todo custo: a de que o Brasil é um país livre, e a liberdade é o elemento primeiro em um estado democrático de direito e deve ser mantida a todo custo, nem que para isso seja preciso enfrentar o poder instituído.
Só com a volta dos movimentos populares, com o povo novamente nas ruas, poderemos garantir o estado democrático de direito e acabar de vez com esta casta que quer voltar aos tempos dos desmandes desmedidos, em nome de um discurso velho e ultrapassado.
Por mais que a mídia queira a todo custo convencer a sociedade brasileira que as manifestações populares são uma mostra de desestabilidade governamental, tais protestos dão ao Brasil aquilo que há muito o governo recusa: o direito popular de reivindicação, o poder democrático de cobrar das autoridades eleitas pelo voto popular que cumpram suas obrigações, governando pelo e para o povo de forma igualitária e justa, respeitando as leis deste país.
Por isso, a vitória hoje no Supremo Tribunal Federal foi a da liberdade. Por isso também o cancelamento por causa das manifestações estudantis do Fórum sobre a reforma eleitoral, que seria feito em Vitória nesta quarta-feira, com a presença do vice-presidente da República, foi uma mostra de que o Estado não sabe lidar com a democracia.
Cabe ao povo defender a liberdade. Então, é importante que fiquemos nas ruas e lutemos por nosso direito. Essa é, creio, a maior importância dos movimentos populares que aumentam em todo o Brasil e que se concentrarão na Marcha da Liberdade, dia 18. Todos representam um passo importante da democracia brasileira contra os velhos métodos de governar o país.

FONTE: http://desdequeosambaesamba.blogspot.com.br/2011/06/da-importancia-dos-movimentos-populares.html

sexta-feira, 26 de julho de 2013

MOVIMENTO TRÊS CORAÇÕES SEM DEGRAUS



            Como dito aqui no Blog tudo começou com o seguinte Post (http://mayconemerson.blogspot.com.br/2013/06/tres-coracoes-mg-cidade-sem-espaco-prova_2176.html) onde passei por uma experiência nada agradável. A partir daí resolvi colocar essa postagem “linkada” acima no Facebook e marquei algumas pessoas dentre essas, o Vereador Maurício Miguel Gadbem (http://drmauriciovereador.blogspot.com.br/2013/07/diario-de-um-vereador.html?spref=fb e http://www.mauriciogadbem.com/), que com muito prazer foi até minha casa me ouvir sobre o que eu achava da acessibilidade em Três Corações – MG e o que, em minha opinião poderia ser melhorado. Eu preparei um pequeno escrito para ele que ao ouvir a leitura pediu com para que eu pudesse ler em Plenário na Tribuna Livre daquela cidade.
            Passados umas duas semanas fui eu e uma tricordiana empresária da cidade, que também é cadeirante. Fizemos nossas reivindicações através de leituras de cartas, todos nos ouviram atentamente e a partir daí, resolvemos implantar discussões sobre políticas públicas em nossa cidade no que diz respeito à acessibilidade. Combinamos de todas as Quartas-Feiras às 19 horas na Câmara Municipal do Município tricordiano, fazermos reuniões a fim de discutirmos esse assunto.
            Já com o passar dos dias, esse pequeno grupo de pessoas que se reuniam uma vez por semana para discutir questões sobre acessibilidade, foi crescendo e tomando grandes proporções e hoje já é um Movimento Social chamado MOVIMENTO TRÊS CORAÇÕES SEM DEGRAUS. Hoje contamos com participações de várias Instituições da cidade que trabalham nessa causa:
AEE – Atendimento Educacional Especializado (SEDUC)
AmoTC – Movimento Popular de acompanhamento político
APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
Atria – Associação tricordiana de atenção aos autistas
ACITC – Associação Comercial e Industrial de Três Corações
AST – Associação dos Skatistas Tricordianos
CAP – Centro de Apoio Pedagógico à Pessoa com Deficiência (SEDUC/Estado)
CVT - Centro Vocacional e Tecnológico
COMPED – Conselho Municipal da Pesssoa com Deficiência
FHEMIG – Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (reabilitação)
NAE – Núcleo de Atendimento Especializado (SEDUC)
Sedeso – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social
Secretaria Municipal de Saúde
Setor de Fiscalização de Obras do Município

            No mês que se segue (Agosto) faremos uma passeata “Três Corações Sem Degraus”, que é uma das manifestações desse Movimento.
            Nossos objetivos não são políticos e nossas reuniões são todas ABERTAS, então se você é de Três Corações, ou cidades vizinhas e se interessa pela causa, venha participar de nossas reuniões e vamos tornar não só a cidade dos 3 corações mas também todo Brasil num país acessível, uma sociedade, livre, justa e solidária como diz a nossas Leis das Leis.
OBS: lembrando que hoje o Movimento Três Corações Sem Degraus é a maior EXPRESSÃO da Democracia Participativa da cidade! Vários outros municípios estão nos divulgando entre os quais o Jornal Arte3 – Notícias, da cidade de Caxambu (http://jornalarte3.blogspot.com.br/2013/07/acessibilidade.html)

segunda-feira, 1 de julho de 2013

TRÊS CORAÇÕES – UMA CIDADE DEFICIENTE



No dia 8 de outubro de 2011 criei um blog chamado Vida de Cadeirante (link: http://mayconemerson.blogspot.com.br/), até então com o objetivo de passar o tempo e não ficar sem nada pra fazer. Na primeira postagem, me lembro de que fiz uma breve apresentação dos objetivos do blog e compartilhei na principal rede social da época, o Orkut. Logo em seguida, fui colocando postagens após postagens e compartilhando tudo pelo Orkut e também pelo MSN. Algumas pessoas leram, gostaram, elogiaram e assim fui criando coragem de todos os dias dar uma passada pelo blog e postar alguma novidade por lá.
            Já em 2012, com a chegada bombástica da nova rede social Facebook tive a necessidade de aprender a fuçar nessa que até então era uma novidade em minha vida. Quando finalmente aprendi a compartilhar links pelo Face coloquei uma postagem do blog por lá e depois de uns 20 minutos ou um pouco mais fui olhar no site do blog quantas visualizações tinha até o momento. Que susto que levei viu. Não me lembro da quantidade certa, mas lembro que logo no primeiro compartilhamento de link do blog que postei na nova rede social 86 pessoas tinham lido o que eu havia acabado de postar, número que não tinha alcançado em um dia pelo Orkut.
            A cada dia que passava esse blog chamado Vida de Cadeirante não era mais um blog qualquer, mas PRINCIPALMENTE um instrumento de grito à sociedade voltada a nós deficientes. Hoje exatamente às 9 horas e 40 minutos do dia 24 de junho de 2013 tem o número exato de 14.451 visualizações, fato que comprova que o Vida de Cadeirante foi muito além de suas expectativas iniciais e hoje é como dito antes, um grito para toda sociedade de que nós deficientes queremos mudança imediata em nossas vidas, principalmente no que toca a nossa qualidade de vida, nossa socialização, saúde, educação, entre outras coisas.
            Nossa amada cidade de Três Corações carece e muito das questões de acessibilidade conforme dito na carta anterior. Em 2007 a cidade participou pela primeira vez do Teleton, programa anual do SBT, no quadro cidade solidária que logo de cara conseguiu a quantia de R$ 10.000,00. Muito bom isso não? Mas tem um fato que me preocupa e muito. O que adianta nossa cidade participar do Teleton todos os anos fazendo sua doação e não ser um exemplo de acessibilidade nem para seus cidadãos deficientes? Às vezes fico pensando: se a organização do programa Teleton visitasse todas as cidades que participam do programa com suas doações, o que eles diriam de Três Corações? Não estou dizendo que a cidade deva parar de participar e fazer suas doações ao programa, não é isso! O que estou querendo dizer é que nossa cidade precisa urgentemente ser um exemplo de acessibilidade, já que diz estar tão comprometida com a questão.
            No nosso dia a dia enfrentamos muitos obstáculos, mas se for pra enumerar o principal obstáculo de hoje, diria que não temos um transporte acessível e de qualidade para nos levar nem mesmo para cuidar de nossa saúde. Mas daí vem àquela pergunta que deve estar salivando na boca de todos vocês: e os ônibus da TRECTUR, vocês não pagam certo? Sim não pagamos, mas a maioria das pessoas portadoras de algum tipo de deficiência assim como eu, precisam de acompanhantes e tem outro fator mais agravante nisso: estou dizendo sobre minha situação, quando vou para um ponto de ônibus tenho que enfrentar um morro grandiosíssimo para chegar até lá. Isso sendo empurrado pela minha mãe, na maioria das vezes, que pela falta de competência de nossa cidade durante 21 anos, que é a minha idade, teve que me carregar no colo, depois na cadeira de rodas, e hoje sofre de hérnia de disco na coluna. Aliás, sem ter nem um médico especialista na cidade para cuidar dela. Olha onde nossa cidade chegou: além de não ter um transporte adaptado, ainda deixa com hérnia de disco uma pessoa que poderia muito bem contribuir com a sociedade, mas pela falta de competência e consideração de nossa Administração não pode fazer, pois sempre precisou dar total atenção ao filho.
Na cidade de São Paulo existe um programa que se chama “Serviço de Atendimento Especial (mais conhecido como ATENDE)”. Esse serviço foi criado pelo decreto municipal 36.071, de 9 de maio de 1996, é uma modalidade de transporte porta a porta, gratuito, com regulamento próprio, oferecido pela Prefeitura do Município de São Paulo, destinado às pessoas portadoras de deficiência física com alto grau de severidade e dependência, impossibilitadas de utilizar outros meios de transporte público. O gerenciamento é feito pela SPTrans e sua operação compete às empresas de transporte coletivo do município de São Paulo.
Este serviço destina-se prioritariamente a reabilitação, tratamento de saúde, educação e, caso haja oferta de veículos, trabalho, esporte, lazer, cultura e outras atividades da vida diária. As pessoas transportadas são devidamente cadastradas e agendam sua programação de viagens sempre vinte dias antes do início de cada mês.
            Como muitas pessoas, faço tratamento no Centro de Reabilitação Física da Colônia Santa Fé. Meus gastos semanais com transporte para fazer tal tratamento são bastante consideráveis, tendo em vista minha condição financeira e o preço de ônibus, pois necessito que minha mãe vá comigo. Eu vejo por lá também, que eles possuem uma Kombi que busca em casa as pessoas, mas olha que interessante: os pacientes têm que pagar por esse serviço. E mais: essa Kombi não é adaptada, fazendo com que o motorista precise transportar no colo o paciente para colocar na Kombi e depois na cadeira de rodas. Estranho né? Você ser transportado em um automóvel que não te oferece estrutura nenhuma, precisar que o motorista (que com o tempo passará a ter problemas na coluna, correndo o risco de se tornar inválido), o pegue no colo, e ainda ter que pagar por este serviço.
Está certo isso?
            Vamos lá Três Corações, adquirir veículos adaptados para nos transportar gratuitamente, para que possamos gozar dos direitos mais básicos do qualquer cidadão, quais sejam: saúde, educação, trabalho, esporte, lazer, cultura, etc.
            SURDA É A CIDADE QUE NÃO OUVE SEUS CIDADÃOS
            MUDA É A CIDADE QUE NÃO SE PRONUNCIA SOBRE AS QUESTÕES DA ACESSIBILIDADE
            CEGA É A CIDADE QUE NÃO VÊ O SOFRIMENTO DE SUA POPULAÇÃO
            E POR FIM, PARALÍTICA É A CIDADE QUE NÃO CAMINHA NA QUALIDADE DE VIDA DE SEU POVO.

TRÊS CORAÇÕES: LEVANTA-TE E ANDA!

O VERDADEIRO DISCURSO



Prezados vereadores,
Para começar, gostaria de agradecer a oportunidade de falar para vocês, vereadores tricordianos, no interesse de melhorar as condições de humanidade do nosso município. Agradeço particularmente ao Dr. Maurício, que, ao acessar meu blog, se interessou pela causa da acessibilidade e foi até a minha casa para conversar sobre as questões que eu levantei e para dar a elas consequência, com a colaboração dos demais vereadores.
No ano passado, com a promulgação da Lei Municipal de Acessibilidade no último mês do ano, Três Corações assumiu, finalmente, um compromisso com as diferenças, com os tricordianos portadores de necessidades especiais, como eu. Compromisso legalizado, é hora de começar a fazê-lo valer, pois as dificuldades dos portadores de necessidades especiais são cotidianas, mudam  dia a dia assim como a cidade. Há um mundo de adaptações por fazer e, para realizá-lo, é urgente a Câmara fundar uma frente de trabalho para fiscalizar a Prefeitura no cumprimento da Lei de Acessibilidade e para que ela seja aprimorada.

Já temos bons exemplos de acessibilidade na cidade, como a reforma da região do Calçadão 18, adaptado inclusive para pessoas com deficiência visual. Na cidade como um todo, porém, pouquíssimas calçadas têm acesso para cadeirantes e o estado de manutenção delas é deplorável. Para cada dez recapeamentos asfálticos, nenhuma manutenção em calçadas é feita. Quando há rampas, algumas delas são muito íngremes, o que faz com que o cadeirante precise de alguém para ajudá-lo como se estivesse diante de um degrau. Orelhões mais baixos se contam com os dedos das mãos.  Não há acesso adaptado ao cinema, ao estádio de futebol e, no Ginásio Pelezão, a rampa é íngreme e começa com um degrau. Poucas escolas estão adaptadas e, como estão construindo creches na cidade, eu desejo que os projetos tenham preocupações com acessibilidade. E que os colaboradores sejam preparados para tratar com portadores de necessidades especiais.
Os degraus, nosso vilão mais costumás, estão na porta de quase todos os comércios, além dos consultórios de médicos e de dentistas. E também diante das casas do Poder Público: Fórum, Inss, Polícia Civil, Prefeitura e outros órgãos colocam dificuldades para nós, portadores de necessidades especiais. Ambulâncias adaptadas também faltam, quando necessitei utilizar uma me vi obrigado a viajar no colo. Por aqui, não há balanças para pesar cadeirantes.
Compreendo que a Lei Municipal de Acessibilidade é nova e leva tempo para colocar tudo nos eixos. Mas temo que pensar assim possa levar vocês, vereadores, a sentirem-se em paz com os problemas de quem tem necessidades especiais. Há muito por fazer e é urgente, precisamos da atenção de vocês, governantes.
Em Três Corações a questão do trabalho para nós é muito delicada. Eu já tentei fazer cursos no SINE e não consegui por falta de ter como acessar a sala de aula. Caso tivesse conseguido a capacitação, eu teria problemas para conseguir o emprego, porque não há vans e ônibus adaptados a serviço de transportar os trabalhadores em nossa cidade. Isso faz com que as empresas prefiram trabalhar com surdos-mudos, pois eles não exigem adaptação física dos espaços. Tenho 21 anos e estou preparado para me profissionalizar e contribuir para a sociedade com a minha força e os meus sonhos. Há muita gente em condições parecidas. Espero que a minha (visita ou carta) tenha contribuído para abrir os olhos, mas mais que isso, para abrir os corações de vocês, governantes, para a urgência de ações que nos ajudem a nós, os portadores de necessidades especiais, a participar do crescimento humano e econômico da nossa cidade.

  

Um bom exemplo de acessibilidade no comércio é a loja TNT (que fica em cima do banco Bradesco), que possui sim escadas, porém, tem um elevador para pessoas portadoras de necessidades especiais.

sábado, 29 de junho de 2013

O Conceito de Acessibilidade

Definição
Acessibilidade significa desenhar e organizar meios edificados e espaços públicos seguros, saudáveis, adequados e agradáveis para que sejam utilizados por todas as pessoas. Acessibilidade quer dizer que os edifícios podem ser utilizados desde a sua entrada, no seu percurso interno em todos os espaços e oferecem uma saída de forma autónoma a todas as pessoas.
Significa disponibilizar a informação e os serviços em diversos formatos para que todos possam compreender a aceder aos mesmos. A informação disponibilizada nos quiosques informativos, nas máquinas de multibanco, na ementa do restaurante, nos programas de televisão deve ser compreendida e utilizada por todas as pessoas de forma autónoma, isto é, sem ter de recorrer a terceiros. 

Dimensões
Acessibilidade arquitetónica
Inexistência de barreiras ambientais físicas nas casas, nos edifícios, nos espaços ou equipamentos urbanos e nos meios de transporte individuais ou coletivos

Acessibilidade atitudinal
Inexistência de preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações.
(Enquanto resultado de programas e práticas de sensibilização e de consciencialização das pessoas em geral e da convivência na diversidade humana.)

Acessibilidade metodológica
Inexistência de barreiras nos métodos e técnicas de estudo, de trabalho, de ação comunitária e familiar.

  • Exemplos de métodos e técnicas de:
    • estudo – adaptações curriculares, aulas baseadas nas inteligências múltiplas, uso de todos os estilos de aprendizagem, participação do todo de cada aluno, novo conceito de avaliação de aprendizagem, novo conceito de educação, novo conceito de logística didática, etc.
    • trabalho - métodos e técnicas de formação e desenvolvimento de recursos humanos, ergonomia, novo conceito de fluxograma, empoderamento, etc.
    • ação comunitária - metodologia social, cultural, artística, etc. baseada em participação ativa
    • educação dos filhos - novos métodos e técnicas nas relações familiares, etc.
Acessibilidade instrumental
Inexistência de barreiras nos instrumentos, utensílios e ferramentas de estudo de trabalho e de lazer ou recreação.

  • Exemplos de instrumentos e utensílios de:
    • estudo - lápis, caneta, transferidor, régua, teclado de computador, materiais pedagógicos,
    • trabalho - ferramentas, máquinas, equipamentos,
    • atividades da vida diária - tecnologia para comunicar, fazer a higiene pessoal, vestir, comer, andar, tomar banho etc.,
    • lazer, desporto e recreação - dispositivos que atendam às limitações sensoriais, físicas e mentais etc.
Acessibilidade comunicacionalInexistência de barreiras na comunicação interpessoal, escrita e virtual (acessibilidade digital).
  • Exemplos:
    • comunicação interpessoal - face-a-face, língua gestual, linguagem corporal, linguagem gestual etc.,
    • comunicação escrita - jornal, revista, livro, carta, etc., incluindo textos em Braille, textos com letras ampliadas para quem tem baixa visão, computador e outras tecnologias para comunicar,
    • comunicação virtual - acessibilidade digital.
Acessibilidade programática
Inexistência de barreiras invisíveis integradas em políticas públicas (leis, decretos, portarias) e normas ou regulamentos (institucionais, empresariais etc.).


FONTE: http://www.crpg.pt/temasreferencia/acessibilidades/Paginas/oqueeaacessibilidade.aspx#t1

sexta-feira, 28 de junho de 2013

PLANO - VIVER SEM LIMITES!

Apresentação

Ao lançar o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, em 17 de novembro de 2011 (conforme Decreto Nº 7.612), o Governo Federal ressalta o compromisso do Brasil com as prerrogativas da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU, ratificada pelo nosso país com equivalência de emenda constitucional.

O Brasil tem avançado na implementação dos apoios necessários ao pleno e efetivo exercício da capacidade legal por todas e cada uma das pessoas com deficiência. Ou seja, cada vez mais nos empenhamos na equiparação de oportunidades para que a deficiência não seja utilizada como motivo de impedimento à realização dos sonhos, dos desejos, dos projetos, valorizando e estimulando o protagonismo e as escolhas das brasileiras e dos brasileiros com e sem deficiência.

Atualmente, no Brasil, 45 milhões de pessoas declaram possuir algum tipo de deficiência, segundo o Censo IBGE/2010. A proposta do Viver sem Limite é que o Governo Federal, estados, Distrito Federal e municípios façam com que a Convenção aconteça na vida das pessoas, por meio da articulação de políticas governamentais de acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade.

Elaborado com a participação de mais de 15 ministérios e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE), que trouxe as contribuições da sociedade civil, o Plano Viver sem Limite envolve todos os entes federados e prevê um investimento total no valor de R$ 7,6 bilhões até 2014.

O detalhamento de todas as ações que compõem o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite está nesta publicação. Convidamos você a disseminar, implementar e fiscalizar a efetivação das políticas públicas aqui apresentadas. Essa responsabilidade é nossa!

Perguntas e respostas

1) Qual o objetivo do Viver sem Limite?

O Plano visa implementar novas iniciativas e intensificar ações que, atualmente, já são desenvolvidas pelo Governo Federal em benefício da pessoa com deficiência. Pretende-se melhorar o acesso destes cidadãos aos direitos básicos, como educação, transporte, mercado de trabalho, qualificação profissional, moradia e saúde.

2) Por que as pessoas com deficiências necessitam de um plano de ação especifico?

Trata-se de uma parcela significativa da sociedade - cerca de 45,6 milhões de pessoas com deficiência, 23,91% da população brasileira, segundo o Censo IBGE 2010 - que, por apresentar características específicas, necessita de equiparação de oportunidades em todos os estágios da sua vida.

3) Como as ações estão distribuídas no Viver sem Limite?

As ações estão articuladas em quatro eixos temáticos:
  • Educação: Compreende a busca ativa, transporte acessível, aprendizagem, acessibilidade e qualificação profissional.
  • Saúde: Contempla ações voltadas para prevenção e reabilitação.
  • Inclusão Social: Visa a incluir as pessoas com deficiência na sociedade, tanto no trabalho, como no cuidado diário de pessoas com deficiência em situação de pobreza.
  • Acessibilidade: Busca o acesso à tecnologia e desenvolvimento tecnológico, moradia e aquisição de equipamentos.

4) Que órgãos federais integram o Plano?

São quinze: Casa Civil, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria-Geral da Presidência da República, Ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego, Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Ciência, Tecnologia e Inovação, Cidades, Fazenda, Esporte, Cultura, Comunicações, Previdência Social e Planejamento, Orçamento e Gestão.

5) Qual órgão coordena o Viver sem Limite?

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em articulação com os outros órgãos do Governo Federal mencionados.

6) Como o Viver sem Limite será executado?

As ações serão articuladas em parceria com a União, estados e municípios em todo território nacional, com metas até 2014 e previsão orçamentária de R$ 7,6 bilhões.

7) Quais são as ações do Viver sem Limite por eixos?

EIXO EDUCAÇÃO

Ampliação do BPC na Escola, passando de 229.017 para 378.000 crianças e adolescentes com deficiência na escola.
O que é o Benefício de Prestação Continuada (BPC)? É um programa de transferência de renda que paga um salário mínimo mensal a idosos a partir de 65 anos e a pessoas com deficiência impedidas de garantir a própria subsistência ou de tê-la garantida por sua família. A renda mensal per capita deve ser inferior a ¼ do salário mínimo.
O que é o BPC na Escola? Uma modalidade do BPC que prevê a Busca Ativa de crianças e adolescentes com idade entre zero e 18 anos, garantindo-lhes o acesso e a permanência na escola. As prefeituras assinam o termo de adesão ao programa e recebem do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) uma relação dos beneficiários. Em visitas domiciliares, técnicos do município identificam os obstáculos que impedem o acesso e a permanência da criança ou do jovem na escola. Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) acompanham as famílias para que as barreiras sejam identificadas e superadas.
Na primeira fase do programa, a partir de 2008, 26 Estados, o Distrito Federal e 2.622 municípios (incluindo todas as capitais) aderiram ao programa, possibilitando o acompanhamento de 232 mil beneficiários. A segunda fase, a partir de setembro de 2011, ampliará a cobertura do programa, totalizando 540 mil crianças e adolescentes atendidos. A meta do Viver sem Limite é chegar a 378 mil (70%) beneficiários matriculados na escola, em 2014. O BPC na Escola é uma parceria entre governos federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal e envolve os Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Educação, Saúde e Secretaria de Direitos Humanos.
  • Aquisição de 2.600 ônibus acessíveis para o Transporte Escolar Acessível de 60 mil alunos com deficiência.
  • Salas de Recursos Multifuncionais para escolas públicas regulares e escolas especiais que oferecem atendimento educacional especializado. Serão implantadas 17 mil novas salas e atualizadas 28 mil salas.
  • Contratação de 648 Professores de Libras e 648 Tradutores/Intérpretes de Libras para acessibilidade aos estudantes com deficiência auditiva nas instituições federais de ensino.
  • Adequação arquitetônica para acessibilidade em 42 mil escolas públicas, tornando a Escola Acessível.
  • Apoio a 180 projetos em instituições federais de ensino para promoção da acessibilidade na educação superior.
  • Garantia de, no mínimo, 5% das vagas para pessoas com deficiência nos cursos oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), ou seja, 150 mil pessoas com deficiência qualificadas.
  • Expansão para 27 cursos de Letras/Libras, passando de 1.800 vagas/ano para 2.700 vagas/ano e a criação de 12 cursos de Pedagogia Bilíngüe - Libras/Língua Portuguesa com novas 480 vagas/ano, concretizando a Formação Inicial de Professores e Tradutores/Intérpretes de Libras.

EIXO SAÚDE

Ampliação e Qualificação da Triagem Neonatal: Inclusão de dois novos exames no teste do pezinho, criação do sistema nacional para monitoramento e busca ativa da triagem neonatal, além da implantação completa do teste do pezinho em todas as unidades da Federação até 2014.
O que é Teste do Pezinho ou Triagem Neonatal? Um dos exames que compõem a triagem neonatal, popularmente conhecido como teste do pezinho, é feito a partir da análise de gotas de sangue colhidas por punção no calcanhar do recém-nascido. O teste tem por objetivo identificar diversas doenças que não apresentam sinais ou sintomas logo após o nascimento. O tratamento precoce pode evitar o desenvolvimento de sequelas graves para a criança e até mesmo o óbito. Atualmente, o teste do pezinho, coberto pelo SUS, identifica quatro doenças: hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hemoglobinopatias e fibrose cística. São doenças que poderão causar lesões irreversíveis e de diversos tipos no bebê, como a deficiência intelectual.
O que está sendo ampliado no Plano? Em 2012, o Ministério da Saúde vai incluir dois novos exames no teste do pezinho para a detecção da deficiência de biotinidase e da hiperplasia adrenal congênita. A implantação completa de todas as doenças do teste do pezinho é prevista para todos os estados e o DF, com habilitação técnica adequada, até 2014. Há ainda a previsão da completa reestruturação do atual sistema de busca ativa e acompanhamento do tratamento nos Serviços de Referência em Triagem Neonatal. A medida está contextualizada na Rede Cegonha, voltada à atenção integral a gestantes/mães e bebês (até dois anos de vida).
O Programa Nacional de Triagem Neonatal abrange, além da realização dos exames e detecção precoce de doenças, o acompanhamento e o tratamento dos pacientes.
Elaboração e publicação de Protocolos e Diretrizes Clínicas para a Rede Cegonha, Deficiência Intelectual e Reabilitação.
O que são Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas? São normas que têm por objetivo estabelecer claramente os critérios de diagnóstico de cada doença, o método de manejo e tratamento farmacológico e não-farmacológico. A partir de diretrizes terapêuticas, estão estabelecidas as doses adequadas e os mecanismos para o monitoramento clínico e terapêutico em relação à efetividade do tratamento e a supervisão de possíveis efeitos adversos. Observando ética e tecnicamente a prescrição médica e terapêutica, os protocolos criam mecanismos que garantem a prescrição segura e eficaz, assim como tratamento mais adequado e inclusivo.
O Viver sem Limite prevê a produção de 10 protocolos clínicos a serem utilizados nos serviços de reabilitação do SUS e da Atenção Básica: Triagem Auditiva Neonatal; Detecção e Intervenção Precoce e Prevenção de Deficiências Visuais; Diretrizes Clínicas para Pessoas com Deficiência Intelectual; Síndrome de Down; Autismo; Paralisia cerebral; Lesado medular; Acidente Vascular Encefálico (AVE); Amputados; e Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE).
Habilitação e Reabilitação: Ampliação e qualificação da rede de reabilitação do SUS, em parceria com instituições de referência nacional e implantação de 45 Centros de Referência em Reabilitação, garantindo atendimento das quatro modalidades de reabilitação (intelectual, física, visual e auditiva) em todas as unidades da Federação.
O que é a Rede de Reabilitação do SUS? É um conjunto de serviços, ações e estratégias de saúde oferecidas à população nas regiões de saúde, com o objetivo de garantir a assistência integral a toda a população que necessita deste tipo de atendimento. A rede de reabilitação do SUS é composta por diversos serviços especializados em deficiência física, visual, auditiva e intelectual, oficinas ortopédicas, unidades básicas de saúde e hospitais, voltados para o enfrentamento de problemas das pessoas com deficiência. O modo de organização dos serviços de saúde articulados em rede garante ações sustentadas por critérios, fluxos e mecanismos de pactuação de funcionamento e assegura a atenção integral aos usuários de modo resolutivo e humanizado.
Como localizar um serviço de reabilitação do SUS? A relação dos serviços de reabilitação atualmente cadastrados e/ou habilitados pelo SUS está disponível no site do Ministério da Saúde no endereço: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=927
Mais informações podem ser obtidas pelo Disque Saúde: 136.

Atendimento Odontológico:

  • Aumento em 20% no financiamento do SUS para 420 Centros de Especialidades Odontológica para atendimento às pessoas com deficiência;
  • Adequação física e aquisição de equipamentos para 27 centros cirúrgicos em hospitais gerais;
  • Qualificação de seis mil equipes de saúde bucal para atendimento de pessoas com deficiência.
Transporte para acesso à saúde: Aquisição e adaptação de 88 veículos para transporte das pessoas com deficiência severa e de baixa renda para acesso aos serviços de saúde. O objetivo é facilitar o acesso da pessoa com deficiência, que muitas vezes não possui transporte próprio ou não tem recurso para arcar com o transporte público para chegar aos locais de reabilitação. Até 2013 todos os 45 Centros de Referência em Reabilitação terão veículos para transporte dos pacientes para o tratamento de reabilitação.

Órteses e próteses:

  • Implantação de seis oficinas ortopédicas locais e 13 itinerantes, sendo sete terrestres e seis fluviais, para produção e fornecimento de órteses e próteses, priorizando as regiões Norte e Nordeste;
  • Qualificação de profissionais que trabalham nas 60 oficinas ortopédicas existentes, garantido o atendimento em todas as unidades da Federação;
  • Formação de 660 profissionais de saúde em órteses e próteses até 2014, para atuação nas oficinas ortopédicas;
  • Destinação de recursos do SUS para adaptação e manutenção de cadeira de rodas;
  • Ampliação de recursos do SUS para adaptação e aquisição de órteses e próteses.
O Ministério da Saúde fornece órteses e próteses? Quando necessário e indicado o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece órteses e próteses e meios auxiliares de locomoção (OPM), assim como o acompanhamento e adaptação destas. As OPM são fornecidas aos usuários por indicação médica e/ou terapêutica, de acordo com projeto terapêutico individualizado.
Quanto à adaptação de cadeiras de rodas, o que será feito? Boa parte das cadeiras de rodas precisa ser adaptada às necessidades, especificidades e singularidades das pessoas. Atualmente, o valor financiado pelo SUS não contempla as adaptações e customização. Por isso, serão propostos novos procedimentos, adequação dos existentes e revisão de valores. A iniciativa vai atender a 100% das demandas de adaptações, o que significa aproximadamente 75.200 pessoas com cadeiras adaptadas, com custo estimado de R$ 42,5 milhões.
Ainda em 2011, o MS e a AACD, associação voltada para pessoas com deficiência, por meio de parceria e cooperação técnica, realizam a concessão e adaptação de cadeira de rodas a 3.891 pessoas que hoje estão em fila de espera da instituição. Desse total, 3.736 terão adaptação convencional e 155, adaptação digital. O investimento é de aproximadamente R$ 5 milhões em 2011.
Haverá aumento no número de órteses e próteses oferecidas? Estima-se a ampliação de 20% do fornecimento de órtese, prótese e meios auxiliares de locomoção, sendo 10% de crescimento anual e 10% de procedimentos de manutenção de órtese, prótese e materiais especiais (OPM). Isso significa passar de um gasto de R$ 217,4 milhões/ano em 2011 para R$ 375,6 milhões/ano em 2014. Aumento de 73% dos investimentos no setor, totalizando R$ 949,6 milhões de recursos novos entre 2012 e 2014.

EIXO INCLUSÃO SOCIAL

Acesso ao trabalho:

  • Garantia de voltar a receber o BPC, após a saída do emprego;
  • Garantia de acumular o BPC, com renda do contrato de aprendizagem;
  • Busca ativa e encaminhamento ao mercado de trabalho de 50 mil beneficiários do BPC;
  • Aprendizagem profissional remunerada sem perda do BPC. Regulamentação por decreto da Lei Nº 12.470/2011.
O que é o BPC Trabalho? Uma modalidade do BPC que atende prioritariamente beneficiários com idade entre 16 e 45 anos que têm interesse em trabalhar, mas encontram dificuldades para qualificação e inserção profissional. O decreto de 31 de agosto deste ano, que regulamentou a Lei 12.470, possibilita o retorno garantido ao BPC do beneficiário que perder o emprego formal. A regra é para quem não tem benefício previdenciário e vale somente depois de encerrado o prazo de pagamento do seguro-desemprego. Neste caso, não será necessário nenhum exame para validar a deficiência, revisada a cada dois anos. No caso de beneficiário aprendiz, com idade entre 14 e 18 anos, a renda do trabalho pode ser acumulada ao valor do benefício por um período máximo de dois anos e não é computada na renda familiar no cálculo para acesso ao BPC. O acesso à qualificação e ao trabalho é feito pelos órgãos responsáveis pelas políticas de assistência social, educação, saúde, trabalho e emprego, ciência e tecnologia, e pelas entidades sociais.
Centros-Dia: Implantação em todas as unidades da Federação de Centros-Dia de Referência, para atendimento e convivência de pessoas com deficiência, maiores de 18 anos, em estado de vulnerabilidade social.
Como funcionarão os Centros-Dia? Oferecerão cuidados às pessoas com deficiência, alto nível de dependência e pobreza, ajudando na autonomia dos beneficiários e de seus cuidadores familiares. Serão 27 unidades, uma em cada estado e no DF, localizadas em municípios com grande concentração de BPC. Cada unidade terá capacidade de atender 30 pessoas por turno. Para cada Centro, o Governo Federal repassará uma parcela de R$ 20 mil para montagem e, depois, mensalmente, R$ 40 mil para despesas com equipe técnica, materiais e manutenção. O objetivo é atender 1.110 pessoas com deficiência.

EIXO ACESSIBILIDADE

Minha Casa Minha Vida 2: Construção de 1 milhão e 200 mil moradias adaptáveis e fornecimento de kit adaptação – conforme tipo de deficiência do morador. O padrão de acessibilidade prevê:
  • Portas com vão livre de 80cm e maçanetas de alavanca a 1,00m de altura;
  • Previsão de área de aproximação para abertura das portas e área de manobra para cadeira de rodas de 180º em todos os cômodos;
  • Piso com desnível máximo de 15mm;
  • Banheiro: largura mínima de 1,50m; box para chuveiro com dimensões mínimas de 0,90m x 0,95m; área de transferência ao vaso sanitário e ao box com previsão para a instalação de barras de apoio e banco articulado. Definição NBR 9050/ABNT
  • Instalações elétricas: tomadas baixas a 0,40m do piso acabado; interruptores e interfones e tomadas altas a 1,00m do piso acabado; lavatório suspenso sem coluna e torneira com acabamento de alavanca ou cruzeta.
PAC 2 e COPA do Mundo 2014: Exigência de acessibilidade nas obras de mobilidade urbana.
Cães-Guia: Implantação de cinco centros tecnológicos de formação de instrutores e treinadores de cães-guia, distribuídos em cada uma das regiões brasileiras. O primeiro centro será entregue em 2012, no Balneário Camboriú-SC. Em 2013, serão entregues duas unidades e, em 2014, mais outras duas. Em 2007 o governo sancionou a Lei Nº 11.126, de 27 de junho de 2005, que assegura à pessoa com deficiência visual, usuária de cão-guia, o direito de ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo.
Crédito facilitado: Microcrédito pelo Banco do Brasil, para aquisição de produtos de tecnologias assistivas, no valor de até R$ 30 mil, com juros de 0,57 para pessoas com renda até 5 salários mínimos e de 0,64 ao mês para pessoas com renda de 5 a 10 salários mínimos, taxa com subvenção econômica, que será ofertada exclusivamente pelo BB. A carência é de até 59 dias e o prazo máximo, de 60 meses.
As demais instituições financeiras poderão ofertar linhas de crédito a partir dos recursos provenientes da exigibilidade dos 2% dos depósitos à vista destinados ao microcrédito para consumo. No entanto, essas linhas terão diferentes taxas de juros, dependendo do perfil do tomador de crédito.
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) editarão portaria interministerial para definir quais produtos poderão ser adquiridos por meio dessa linha de crédito.
Desoneração tributária: Cerca de RS 609,84 milhões até 2013 em renúncia fiscal. Desoneração em impostos federais sobre diversos produtos e equipamentos de tecnologias assistivas, relacionados em www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/downloadarqtipi.htm

Programa Nacional de Tecnologia Assistiva:

  • R$ 60 milhões em linhas de crédito nas modalidades de recursos não-rembolsáveis entre 2012 e 2014 para projetos apresentados por consórcios entre universidades ou outras instituições de C&T, além de empresas que atuem no setor de tecnologia assistiva (TA);
  • R$ 90 milhões em crédito subsidiado com juros de 4% ao ano entre 2012 e 2014 para projetos de inovação de empresas do setor de TA;
  • Implantação do Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva, com 20 núcleos de pesquisa em universidades públicas, para o desenvolvimento de tecnologias estratégicas com foco em prevenção, reabilitação e acessibilidade. Será instalado no Centro de Tecnologia e Informação Renato Archer, unidade de pesquisa do MCTI sediada em Campinas-SP. O investimento inicial é de R$ 12 milhões;
  • Disponibilização a partir de hoje, na internet, de catálogo virtual com mais de 1.200 produtos de tecnologias assistivas disponíveis no mercado brasileiro (http://assistiva.mct.gov.br). O objetivo é suprir a ausência de informações sobre produtos de TA para profissionais do setor, pessoas com deficiência, idosos e seus familiares. A iniciativa marca a entrada do Brasil na Aliança Internacional de Provedores de Informação sobre Tecnologia Assistiva, rede que conta com a participação de 10 países que mantêm esse tipo de catálogo (Estados Unidos, Itália, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Dinamarca, Austrália, Irlanda, Espanha e França).

8) Que volume de recursos será investido no Viver sem Limite?

Área
Recursos 2011-2014
Educação
R$ 1.840.865.303
Saúde
R$ 1.496.647.714
Inclusão Social
R$ 72.240.000
Acessibilidade
R$ 4.198.500.000
Total
R$ 7.608.253.018

 

9) Quais são os tipos de deficiência?

Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual, múltipla ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

10) Qual é a terminologia para se tratar quem tem deficiência?

Sugere-se utilizar sempre um substantivo, seguido da preposição “com” mais o adjetivo referente àquela situação específica. Exemplos: aluno com síndrome de Down; professora com surdez; cidadã com deficiência. Em expressões que “tem” ou que “nasceu com”, por exemplo: pessoas com deficiência; menino que nasceu com síndrome de Down; menina que tem uma deficiência auditiva. Não deve ser usada a palavra “portador” porque pessoas não carregam suas deficiências.

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

Capa da publicação Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
Pessoas com deficiência são, antes de mais nada, PESSOAS. Pessoas como quaisquer outras, com protagonismos, peculiaridades, contradições e singularidades. Pessoas que lutam por seus direitos, que valorizam o respeito pela dignidade, pela autonomia individual, pela plena e efetiva participação e inclusão na sociedade e pela igualdade de oportunidades, evidenciando, portanto, que a deficiência é apenas mais uma característica da condição humana.
Em 2008, o Brasil ratificou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU, bem como seu Protocolo Facultativo. O documento obteve, assim, equivalência de emenda constitucional, valorizando a atuação conjunta entre sociedade civil e governo, em um esforço democrático e possível.
Nesse sentido, buscando defender e garantir condições de vida com dignidade a todas as pessoas que apresentam alguma deficiência, a Convenção prevê monitoramento periódico e avança na consolidação diária dos direitos humanos ao permitir que o Brasil relate a sua situação e, com coragem, reconheça que, apesar do muito que se fez, ainda muito o que fazer.
Outro grande avanço foi a alteração do modelo médico para o modelo social, o qual esclarece que o fator limitador é o meio em que a pessoa está inserida e não a deficiência em si, remetendo-nos à Classificação Internacional de Funcionalidades (CIF). Tal abordagem deixa claro que as deficiências não indicam, necessariamente, a presença de uma doença ou que o indivíduo deva ser considerado doente. Assim, a falta de acesso a bens e serviços deve ser solucionada de forma coletiva e com políticas públicas estruturantes para a equiparação de oportunidades.
O Governo Dilma tem dado atenção específica às pessoas com deficiência, com vistas a ampliar o processo de construção e consolidação da democracia no Brasil. Para tanto, tem priorizado, cada vez mais, o diálogo permanente entre sociedade civil e governo na elaboração de políticas públicas, visando à inclusão social, à acessibilidade e ao reconhecimento dos direitos de mais de 24 milhões de brasileiros e brasileiras com deficiência.
Por sua vez, a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, tem plena consciência da responsabilidade de gerir a política nacional voltada a esse segmento e, para isso, busca melhorar sua atuação por meio do permanente incentivo à implementação da Convenção.
Recomendo, portanto, que você se aproprie integralmente do conteúdo deste tratado e o utilize como fundamento para a validação dos seus direitos, compreendendo que a equiparação de oportunidades remete também ao cumprimento de deveres e responsabilidades por parte de todos os cidadãos.
Boa leitura!
Antonio José Ferreira
Secretário Nacional
Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD)
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR)
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 7.612, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011.
 
Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Plano Viver sem Limite.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,  
DECRETA: 
Art. 1o  Fica instituído o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite, com a finalidade de promover, por meio da integração e articulação de políticas, programas e ações, o exercício pleno e equitativo dos direitos das pessoas com deficiência, nos termos da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, aprovados por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, com status de emenda constitucional, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009. 
Parágrafo único.  O Plano Viver sem Limite será executado pela União em colaboração com Estados, Distrito Federal, Municípios, e com a sociedade.  
Art. 2o  São consideradas pessoas com deficiência aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas. 
Art. 3o  São diretrizes do Plano Viver sem Limite:
I - garantia de um sistema educacional inclusivo;
II - garantia de que os equipamentos públicos de educação sejam acessíveis para as pessoas com deficiência, inclusive por meio de transporte adequado;
III - ampliação da participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, mediante sua capacitação e qualificação profissional;
IV - ampliação do acesso das pessoas com deficiência às políticas de assistência social e de combate à extrema pobreza;
V - prevenção das causas de deficiência;
VI - ampliação e qualificação da rede de atenção à saúde da pessoa com deficiência, em especial os serviços de habilitação e reabilitação;
VII - ampliação do acesso das pessoas com deficiência à habitação adaptável e com recursos de acessibilidade; e
VIII - promoção do acesso, do desenvolvimento e da inovação em tecnologia assistiva. 
Art. 4o  São eixos de atuação do Plano Viver sem Limite:
I - acesso à educação;
II - atenção à saúde;
III - inclusão social; e
IV - acessibilidade. 
Parágrafo único.  As políticas, programas e ações integrantes do Plano Viver sem Limite e suas respectivas metas serão definidos pelo Comitê Gestor de que trata o art. 5o
Art. 5o  Ficam instituídas as seguintes instâncias de gestão do Plano Viver sem Limite:
I - Comitê Gestor; e
II - Grupo Interministerial de Articulação e Monitoramento. 
§ 1o  O apoio administrativo necessário ao funcionamento das instâncias de gestão será prestado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.  
§ 2o  Poderão ser constituídos, no âmbito da gestão do Plano Viver sem Limite, grupos de trabalho temáticos destinados ao estudo e à elaboração de propostas sobre temas específicos. 
§ 3o  A participação nas instâncias de gestão ou nos grupos de trabalho será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada. 
Art. 6o  Compete ao Comitê Gestor do Plano Viver sem Limite definir as políticas, programas e ações, fixar metas e orientar a formulação, a implementação, o monitoramento e a avaliação do Plano. 
Parágrafo único.  O Comitê Gestor será composto pelos titulares dos seguintes órgãos:
I - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que o coordenará;
II - Casa Civil da Presidência da República;
III - Secretaria-Geral da Presidência da República;
IV - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
V - Ministério da Fazenda; e
VI - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 
Art. 7o  Compete ao Grupo Interministerial de Articulação e Monitoramento do Plano Viver sem Limite promover a articulação dos órgãos e entidades envolvidos na implementação do Plano, com vistas a assegurar a execução, monitoramento e avaliação das suas políticas, programas e ações. 
§ 1o  O Grupo Interministerial de Articulação e Monitoramento será composto por representantes, titular e suplente, dos seguintes órgãos:
I - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que o coordenará;
II - Casa Civil da Presidência da República;
III - Secretaria-Geral da Presidência da República;
IV - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
V - Ministério da Fazenda;
VI - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
VII - Ministério da Saúde;
VIII - Ministério da Educação;
IX - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação;
X - Ministério da Previdência Social;
XI - Ministério das Cidades;
XII - Ministério do Esporte;
XIII - Ministério do Trabalho e Emprego;
XIV - Ministério das Comunicações; e
XV - Ministério da Cultura. 
§ 2o  Os membros do Grupo Interministerial de Articulação e Monitoramento serão indicados pelos titulares dos respectivos órgãos e designados em ato do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. 
§ 3o  Poderão ser convidados para as reuniões do Grupo Interministerial de Articulação e Monitoramento representantes de entidades e órgãos públicos e privados, dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, bem como especialistas, para emitir pareceres e fornecer informações. 
§ 4o  O Grupo Interministerial de Articulação e Monitoramento apresentará periodicamente informações sobre a implementação do Plano ao Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. 
Art. 8o  Os órgãos envolvidos na implementação do Plano deverão assegurar a disponibilização, em sistema específico, de informações sobre as políticas, programas e ações a serem implementados, suas respectivas dotações orçamentárias e os resultados da execução no âmbito de suas áreas de atuação.
Art. 9o  A vinculação do Município, Estado ou Distrito Federal ao Plano Viver sem Limite ocorrerá por meio de termo de adesão voluntária, com objeto conforme às diretrizes estabelecidas neste Decreto.
§ 1o  A adesão voluntária do ente federado ao Plano Viver sem Limite implica a responsabilidade de priorizar medidas visando à promoção do exercício pleno dos direitos das pessoas com deficiência, a partir dos eixos de atuação previstos neste Decreto. 
§ 2o  Poderão ser instituídas instâncias locais de acompanhamento da execução do Plano nos âmbitos estadual e municipal. 
Art. 10.  Para a execução do Plano Viver sem Limite poderão ser firmados convênios, acordos de cooperação, ajustes ou instrumentos congêneres, com órgãos e entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com consórcios públicos ou com entidades privadas. 
Art. 11.  O Plano Viver sem Limite será custeado por:
I - dotações orçamentárias da União consignadas anualmente nos orçamentos dos órgãos e entidades envolvidos na implementação do Plano, observados os limites de movimentação, de empenho e de pagamento fixados anualmente;
II - recursos oriundos dos órgãos participantes do Plano Viver sem Limite que não estejam consignados nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União; e
III - outras fontes de recursos destinadas por Estados, Distrito Federal, Municípios, ou outras entidades públicas e privadas.  
Art. 12.  Fica instituído o Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva, com a finalidade de formular, articular e implementar políticas, programas e ações para o fomento ao acesso, desenvolvimento e inovação em tecnologia assistiva. 
§ 1o  O Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva será composto por representantes, titular e suplente, dos seguintes órgãos:
I - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que o coordenará;
II - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;
III - Ministério da Fazenda;
IV - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
V - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;
VI - Ministério da Educação; e
VII - Ministério da Saúde. 
§ 2o  Ato do Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação estabelecerá regras complementares necessárias ao funcionamento do Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva. 
§ 3o  Poderão ser convidados para as reuniões do Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva representantes de outros órgãos e entidades da administração pública federal. 
Art. 13.  Os termos de adesão ao Compromisso pela Inclusão das Pessoas com Deficiência firmados sob a vigência do Decreto no 6.215, de 26 de setembro de 2007, permanecerão válidos e poderão ser aditados para adequação às diretrizes e eixos de atuação do Plano Viver sem Limite. 
Art. 14.  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 15.  Fica revogado o Decreto no 6.215, de 26 de setembro de 2007
Brasília, 17 de novembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.  
DILMA ROUSSEFF
Fernando Haddad
Alexandre Rocha Santos Padilha
Tereza Campello
Aloizio Mercadante
Gleisi Hoffmann
Maria do Rosário Nunes
Este texto não substitui o publicado no DOU de 18.11.2011