Prezados vereadores,
Para começar, gostaria de
agradecer a oportunidade de falar para vocês, vereadores tricordianos, no
interesse de melhorar as condições de humanidade do nosso município. Agradeço
particularmente ao Dr. Maurício, que, ao acessar meu blog, se interessou pela
causa da acessibilidade e foi até a minha casa para conversar sobre as questões
que eu levantei e para dar a elas consequência, com a colaboração dos demais
vereadores.
No ano passado, com a
promulgação da Lei Municipal de Acessibilidade no último mês do ano, Três
Corações assumiu, finalmente, um compromisso com as diferenças, com os
tricordianos portadores de necessidades especiais, como eu. Compromisso
legalizado, é hora de começar a fazê-lo valer, pois as dificuldades dos
portadores de necessidades especiais são cotidianas, mudam dia a dia assim como a cidade. Há um mundo de
adaptações por fazer e, para realizá-lo, é urgente a Câmara fundar uma frente
de trabalho para fiscalizar a Prefeitura no cumprimento da Lei de
Acessibilidade e para que ela seja aprimorada.
Já temos bons exemplos de acessibilidade na cidade, como a reforma da região do Calçadão 18, adaptado inclusive para pessoas com deficiência visual. Na cidade como um todo, porém, pouquíssimas calçadas têm acesso para cadeirantes e o estado de manutenção delas é deplorável. Para cada dez recapeamentos asfálticos, nenhuma manutenção em calçadas é feita. Quando há rampas, algumas delas são muito íngremes, o que faz com que o cadeirante precise de alguém para ajudá-lo como se estivesse diante de um degrau. Orelhões mais baixos se contam com os dedos das mãos. Não há acesso adaptado ao cinema, ao estádio de futebol e, no Ginásio Pelezão, a rampa é íngreme e começa com um degrau. Poucas escolas estão adaptadas e, como estão construindo creches na cidade, eu desejo que os projetos tenham preocupações com acessibilidade. E que os colaboradores sejam preparados para tratar com portadores de necessidades especiais.
Já temos bons exemplos de acessibilidade na cidade, como a reforma da região do Calçadão 18, adaptado inclusive para pessoas com deficiência visual. Na cidade como um todo, porém, pouquíssimas calçadas têm acesso para cadeirantes e o estado de manutenção delas é deplorável. Para cada dez recapeamentos asfálticos, nenhuma manutenção em calçadas é feita. Quando há rampas, algumas delas são muito íngremes, o que faz com que o cadeirante precise de alguém para ajudá-lo como se estivesse diante de um degrau. Orelhões mais baixos se contam com os dedos das mãos. Não há acesso adaptado ao cinema, ao estádio de futebol e, no Ginásio Pelezão, a rampa é íngreme e começa com um degrau. Poucas escolas estão adaptadas e, como estão construindo creches na cidade, eu desejo que os projetos tenham preocupações com acessibilidade. E que os colaboradores sejam preparados para tratar com portadores de necessidades especiais.
Os degraus, nosso vilão mais
costumás, estão na porta de quase todos os comércios, além dos consultórios de
médicos e de dentistas. E também diante das casas do Poder Público: Fórum,
Inss, Polícia Civil, Prefeitura e outros órgãos colocam dificuldades para nós,
portadores de necessidades especiais. Ambulâncias adaptadas também faltam,
quando necessitei utilizar uma me vi obrigado a viajar no colo. Por aqui, não
há balanças para pesar cadeirantes.
Compreendo que a Lei
Municipal de Acessibilidade é nova e leva tempo para colocar tudo nos eixos.
Mas temo que pensar assim possa levar vocês, vereadores, a sentirem-se em paz
com os problemas de quem tem necessidades especiais. Há muito por fazer e é
urgente, precisamos da atenção de vocês, governantes.
Em Três Corações a questão
do trabalho para nós é muito delicada. Eu já tentei fazer cursos no SINE e não
consegui por falta de ter como acessar a sala de aula. Caso tivesse conseguido
a capacitação, eu teria problemas para conseguir o emprego, porque não há vans
e ônibus adaptados a serviço de transportar os trabalhadores em nossa cidade.
Isso faz com que as empresas prefiram trabalhar com surdos-mudos, pois eles não
exigem adaptação física dos espaços. Tenho 21 anos e estou preparado para me
profissionalizar e contribuir para a sociedade com a minha força e os meus
sonhos. Há muita gente em condições parecidas. Espero que a minha (visita ou
carta) tenha contribuído para abrir os olhos, mas mais que isso, para abrir os
corações de vocês, governantes, para a urgência de ações que nos ajudem a nós,
os portadores de necessidades especiais, a participar do crescimento humano e
econômico da nossa cidade.
Um bom exemplo de acessibilidade no comércio é a loja TNT
(que fica em cima do banco Bradesco), que possui sim escadas, porém, tem um
elevador para pessoas portadoras de necessidades especiais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário