A etapa do Rio de Janeiro do Circuito Brasileiro de Surf, disputada no último domingo (06/11), teve sobre as ondas da praia da Barra da Tijuca um grupo de atletas para lá de especial. Trata-se de surfistas com limitações físicas, como Fernanda Tolomei, que nasceu com malformação da mão esquerda. Graças ao Projeto Adapt Surf, surgiu uma solução para que ela realizasse seu sonho de praticar o esporte.
O Adapt Surf, fundado por Henrique Saraiva, que perdeu o movimento da perna direita ao ser baleado em um assalto, foi muito importante para o próprio processo de reabilitação, tanto social quanto física. Para ele é uma grande alegria poder ajudar pessoas como Fernanda a surfar.
Para ela, sua condição física era fator que a excluía do esporte, porque não conseguia remar. Mas, junto com o Projeto Adapt Surf, que busca soluções para adaptar o esporte aos deficientes físicos, isso foi possível.
Em entrevista ao Globo Esporte, a atleta disse que a prancha de surfe sempre foi muito difícil, pois seria necessário usar as duas mãos para levantar da prancha. “Eu teria que levantar com uma mão. Minha deficiência era uma situação difícil para eu poder surfar”, explicou.
Aliada ao projeto desde janeiro de 2010, Fernanda conta que a equipe do projeto a ajudou a encontrar uma solução. Para dar atrito suficiente para compensar a falta da mão e dedos, tentaram usar luvas especiais, colar borracha especial. Finalmente, passar mais parafina no lado esquerdo da prancha. A parafina criou o atrito necessário para que Fernanda consiga travar a mão e ficar em pé sem problemas na hora de entrar na onda.
Os atletas do projeto acompanharam de perto a final da etapa do Rio de Janeiro do Circuito Brasileiro de Surfe, vencida pelo carioca Simão Romão, no masculino, e pela paulista e Juliana Quint, no feminino. Os vencedores abandonaram a comemoração da vitória para assistir os atletas do Adapt Surf. Para estes, a meta é conseguir fazer manobras semelhantes às dos campeões, na sua condição.
Juliana Quint disse ter ficado emocionada ao ver o pessoal do projeto em ação. “É emocionante, superação total. Não tem limite para nada, basta ter fé, acreditar no que gosta. E dá tudo certo”, disse a campeã.
Simão Romão também elogiou a postura dos surfistas especiais. “A garra deles me inspira a buscar minhas coisas também. Eu sou fã deles.”
Para Fernanda, surfar tornou-se uma inspiração para sua vida. “Quando eu estou com os dois pés na prancha eu sinto a minha base estável, e é assim que a minha vida tem que estar, com alegria, com força, com meu pé lá na frente guiando a minha vida com tudo em paz. O surfe para mim é isso.”
Fonte: Globo Esporte
Editado por: Débora Carvalho
O Adapt Surf, fundado por Henrique Saraiva, que perdeu o movimento da perna direita ao ser baleado em um assalto, foi muito importante para o próprio processo de reabilitação, tanto social quanto física. Para ele é uma grande alegria poder ajudar pessoas como Fernanda a surfar.
Para ela, sua condição física era fator que a excluía do esporte, porque não conseguia remar. Mas, junto com o Projeto Adapt Surf, que busca soluções para adaptar o esporte aos deficientes físicos, isso foi possível.
Em entrevista ao Globo Esporte, a atleta disse que a prancha de surfe sempre foi muito difícil, pois seria necessário usar as duas mãos para levantar da prancha. “Eu teria que levantar com uma mão. Minha deficiência era uma situação difícil para eu poder surfar”, explicou.
Aliada ao projeto desde janeiro de 2010, Fernanda conta que a equipe do projeto a ajudou a encontrar uma solução. Para dar atrito suficiente para compensar a falta da mão e dedos, tentaram usar luvas especiais, colar borracha especial. Finalmente, passar mais parafina no lado esquerdo da prancha. A parafina criou o atrito necessário para que Fernanda consiga travar a mão e ficar em pé sem problemas na hora de entrar na onda.
Os atletas do projeto acompanharam de perto a final da etapa do Rio de Janeiro do Circuito Brasileiro de Surfe, vencida pelo carioca Simão Romão, no masculino, e pela paulista e Juliana Quint, no feminino. Os vencedores abandonaram a comemoração da vitória para assistir os atletas do Adapt Surf. Para estes, a meta é conseguir fazer manobras semelhantes às dos campeões, na sua condição.
Juliana Quint disse ter ficado emocionada ao ver o pessoal do projeto em ação. “É emocionante, superação total. Não tem limite para nada, basta ter fé, acreditar no que gosta. E dá tudo certo”, disse a campeã.
Simão Romão também elogiou a postura dos surfistas especiais. “A garra deles me inspira a buscar minhas coisas também. Eu sou fã deles.”
Para Fernanda, surfar tornou-se uma inspiração para sua vida. “Quando eu estou com os dois pés na prancha eu sinto a minha base estável, e é assim que a minha vida tem que estar, com alegria, com força, com meu pé lá na frente guiando a minha vida com tudo em paz. O surfe para mim é isso.”
Fonte: Globo Esporte
Editado por: Débora Carvalho
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