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Os acidentes se tornaram algo tão corriqueiro em Roraima, que beira o absurdo. Seja nas rodovias federais ou nas largas avenidas de Boa Vista, os jovens, principais vítimas, estão morrendo ou ficando com sequelas para sempre.
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Não são raros os registros de pessoas que perderam os movimentos dos membros ou até mesmo tiveram pernas, mãos e braços amputados. Tudo resultado da combinação perigosa do consumo de álcool e direção, aliada à imprudência, imperícia e negligência no trânsito.
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É o caso de um jovem de 34 anos que prefere não se identificar. Ele conta que sua vida mudou completamente depois de um acidente ocorrido há cinco anos.
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Afirma que seguia por uma avenida preferencial de motocicleta quando foi colidido por outra moto. O condutor estava bêbado. Ele sofreu fratura exposta em uma das pernas, que lhe deixou sequelas até hoje.
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Além da gravidade do acidente, o homem conta que passou por uma cirurgia ortopédica mal sucedida, que lhe deixou com uma perna sete centímetros menor que a outra agravando ainda mais o problema. Foram oito meses deitado numa cama, sem poder andar.
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Ainda que faça uma cirurgia reparadora – que é o que ele deseja – um ortopedista já lhe avisou que o dano será apenas minimizado, não há solução definitiva.
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Ele já foi para a mesa de cirurgia três vezes, mas teve o procedimento suspenso por falta de material médico hospitalar na rede pública. Aguarda que o Estado receba os insumos adquiridos para que a intervenção cirúrgica seja feita.
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Pelo resto de sua vida, ele disse que não poderá mais jogar futebol, caminhar na praça, andar de bicicleta, entre outras atividades que gostava de fazer, mas que exigem esforço físico. Além disso, também desenvolveu um problema na coluna.
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“Eu era um homem super ativo. Hoje, não consigo ficar muito tempo em pé, porque minha perna incha e dói. Esta tragédia afetou em 100% a minha vida”, lamentou.
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O jovem faz um alerta para que o número de vítimas no trânsito seja reduzido. “Temos que dirigir por nós e pelos outros, pois há muitas pessoas imprudentes no trânsito. Também peço que a cidade seja mais sinalizada, pois atualmente a situação é precária”, desabafou.
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REFLEXOS – Os acidentes não provocam apenas danos físicos e transtornos às pessoas. Também têm reflexos na economia e no mercado de trabalho, pois as vítimas precisam se afastar da produção ficando “encostadas” pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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Apesar do órgão não ter estatísticas relacionadas sobre os beneficiários vítimas de acidentes de trânsito, não é difícil imaginar que este tipo de concessão tenha aumentado nos últimos anos, já que Roraima é um dos líderes de ranking nacional de acidentes de trânsito.
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Pelo resto de sua vida, ele disse que não poderá mais jogar futebol, caminhar na praça, andar de bicicleta, entre outras atividades que gostava de fazer, mas que exigem esforço físico. Além disso, também desenvolveu um problema na coluna.
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“Eu era um homem super ativo. Hoje, não consigo ficar muito tempo em pé, porque minha perna incha e dói. Esta tragédia afetou em 100% a minha vida”, lamentou.
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O jovem faz um alerta para que o número de vítimas no trânsito seja reduzido. “Temos que dirigir por nós e pelos outros, pois há muitas pessoas imprudentes no trânsito. Também peço que a cidade seja mais sinalizada, pois atualmente a situação é precária”, desabafou.
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REFLEXOS – Os acidentes não provocam apenas danos físicos e transtornos às pessoas. Também têm reflexos na economia e no mercado de trabalho, pois as vítimas precisam se afastar da produção ficando “encostadas” pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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Apesar do órgão não ter estatísticas relacionadas sobre os beneficiários vítimas de acidentes de trânsito, não é difícil imaginar que este tipo de concessão tenha aumentado nos últimos anos, já que Roraima é um dos líderes de ranking nacional de acidentes de trânsito.
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Motociclistas representam 40% dos atendimentos de reabilitação
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Passada a fase crítica do acidente, as vítimas do trânsito podem ser encontradas no Núcleo Estadual de Reabilitação 5 de Outubro, instalada no Centro, onde buscam complemento ao tratamento médico ou adaptação à nova realidade física.
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Em média são realizados 200 atendimentos por mês. Desses, 40% são de atendimentos as vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas. O diretor técnico da unidade, Messias Pereira de Oliveira, explica que o tempo de recuperação depende do tipo de gravidade da lesão. Se forem fraturas nas pernas e nos braços, as mais comuns, duram em média de 4 a 6 meses. Se for traumatismo craniano o atendimento leva de um ano ou mais, dependendo do comprometimento cerebral.
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A motocicleta é o tipo de veículo que em um acidente provoca maior gravidade de lesão, principalmente por causa da vulnerabilidade do condutor. Mesmo assim, segundo Oliveira, a maioria dos danos é reversível.
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A fisioterapeuta Ana Laura Grangeiro Gomes é responsável por 25 pacientes. Um deles é o pescador Aldemir da Silva Costa, 57, que em novembro do ano passado teve sua motocicleta arrastada por um carro, enquanto trafegava por uma avenida preferencial. O motorista fugiu sem prestar socorro.
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Ele fraturou o fêmur e foi submetido a uma cirurgia. Há quatro meses está fazendo fisioterapia no núcleo. De acordo com Ana Laura, o acidentado faz exercícios de fortalecimento da musculatura. Ele está melhor fisicamente, apesar de andar mancando.
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“Estou até hoje sem trabalhar e nem sei quando terei condições de voltar. Quem está sustentando a casa são minha filha e minha mulher, mas o dinheiro é pouco. Conto com a ajuda de outros familiares para comprar os remédios e outras coisas necessárias”, disse.
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A fisioterapeuta observa que a unidade dispõe de aparelhos básicos para atender aos pacientes. São necessários mais equipamentos e um local amplo que possa atender a demanda que é maior do que a oferta de serviços.
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Quando o núcleo funcionava no bairro Nova Canaã, o número de atendimento era quase o dobro. O local foi fechado por causa da infestação de pombos e infiltrações no prédio.
Motociclistas representam 40% dos atendimentos de reabilitação
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Passada a fase crítica do acidente, as vítimas do trânsito podem ser encontradas no Núcleo Estadual de Reabilitação 5 de Outubro, instalada no Centro, onde buscam complemento ao tratamento médico ou adaptação à nova realidade física.
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Em média são realizados 200 atendimentos por mês. Desses, 40% são de atendimentos as vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas. O diretor técnico da unidade, Messias Pereira de Oliveira, explica que o tempo de recuperação depende do tipo de gravidade da lesão. Se forem fraturas nas pernas e nos braços, as mais comuns, duram em média de 4 a 6 meses. Se for traumatismo craniano o atendimento leva de um ano ou mais, dependendo do comprometimento cerebral.
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A motocicleta é o tipo de veículo que em um acidente provoca maior gravidade de lesão, principalmente por causa da vulnerabilidade do condutor. Mesmo assim, segundo Oliveira, a maioria dos danos é reversível.
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A fisioterapeuta Ana Laura Grangeiro Gomes é responsável por 25 pacientes. Um deles é o pescador Aldemir da Silva Costa, 57, que em novembro do ano passado teve sua motocicleta arrastada por um carro, enquanto trafegava por uma avenida preferencial. O motorista fugiu sem prestar socorro.
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Ele fraturou o fêmur e foi submetido a uma cirurgia. Há quatro meses está fazendo fisioterapia no núcleo. De acordo com Ana Laura, o acidentado faz exercícios de fortalecimento da musculatura. Ele está melhor fisicamente, apesar de andar mancando.
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“Estou até hoje sem trabalhar e nem sei quando terei condições de voltar. Quem está sustentando a casa são minha filha e minha mulher, mas o dinheiro é pouco. Conto com a ajuda de outros familiares para comprar os remédios e outras coisas necessárias”, disse.
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A fisioterapeuta observa que a unidade dispõe de aparelhos básicos para atender aos pacientes. São necessários mais equipamentos e um local amplo que possa atender a demanda que é maior do que a oferta de serviços.
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Quando o núcleo funcionava no bairro Nova Canaã, o número de atendimento era quase o dobro. O local foi fechado por causa da infestação de pombos e infiltrações no prédio.
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Fonte: Folha web
Fonte: Folha web
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