quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Projeto ‘Basquete para Cadeirantes’ completa 8 anos de atividades

Inclusão social, cuidado com a saúde e melhoria da auto-estima. São esses os principais objetivos do projeto de extensão ‘Basquete para Cadeirantes’, realizado pelo curso de Educação Física do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG). Coordenado pelo professor Ricardo José Rabelo, com apoio do professor Greidson Caetano de Aquino, que atua como treinador, o projeto completa oito anos no Vale do Aço, com a participação de 25 atletas, além de alunos e docentes do curso.
Com disposição invejável, o grupo compõe-se de portadores de deficiências físicas decorrentes de amputações, lesão medular e seqüelas de poliomielite. Os treinos se desenvolvem às terças e quintas-feiras, de 18h30 às 21h, no ginásio Sesi Ipatinga. Embora participe de campeonatos estaduais promovidos pela Federação Mineira de Basquete em Cadeira de Rodas (FMBC) e, recentemente, tenha sido classificada para participar do Campeonato Brasileiro da 2ª divisão, a equipe não possui patrocinadores, o que preocupa os participantes. “Temos apenas 12 cadeiras, o que impede que todos participem juntos do treino. Além disso, falta verba para viagens e manutenção dos equipamentos, o que dificulta o pleno desenvolvimento do grupo”, ressalta o professor.
Em 2006, o time chegou a conquistar a quinta colocação no Campeonato Mineiro, e o vice-campeonato da ‘1ª Copa Vale do Aço de Basquete em Cadeira de Rodas’, realizada em Ipatinga. Além de participar de torneios e competições, os integrantes do projeto também se apresentam em escolas e clubes do Vale do Aço.

Superação
Apesar dos desafios enfrentados, os atletas do projeto ‘Basquete para Cadeirantes’, se sentem compensados pela participação no time, tanto pelos benefícios físicos alcançados por meio da prática esportiva, quanto pelas oportunidades de convívio e interação social. “Participando do time de basquete, me sinto totalmente integrado à sociedade e evito complicações físicas decorrentes da paralisia. Além disso, com o esporte podemos viajar, conhecer outras pessoas e trocar experiências”, declara Nelson de Menezes Ramos Júnior, aluno do curso de Direito do Unileste.
“A prática do esporte fortalece a composição corporal, melhora o sistema respiratório, ajuda a combater problemas causados pela deficiência e faz com que o atleta se sinta capaz, sem limitações. Esse é o nosso melhor resultado: a superação de possíveis barreiras psicológicas e sociais, decorrentes da deficiência física”, opina Ricardo Rabelo.
Além do trabalho desempenhado por docentes e alunos do curso de Educação Física do Unileste, o projeto ‘Basquete para Cadeirantes’ conta com a colaboração da Associação dos Deficientes Físicos do Vale do Aço (Adefiva) e do Sesi Ipatinga, que cede o ginásio para treinamentos.
Da redação do Plox

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