quarta-feira, 7 de março de 2012

Cadeirantes reclamam de falta de acesso às escolas de Jundiaí, SP


O Estatuto da Criança e do Adolescente afirma que é dever do estado garantir o ensino fundamental de graça e o atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência. Mas pais e responsáveis de crianças com necessidades especiais da região de Sorocaba, interior de São Paulo, denunciam que isso não ocorre, como mostra a reportagem do TEM Notícias.

Antônio André Silva Neto tem dez anos e é deficiente físico. Precisaria de uma condução especial para chegar até a instituição de ensino. Mas o caderno dele está em branco desde o ano passado. A mãe diz que nada foi providenciado até o momento. "Procurei a direção da escola, a secretaria municipal de educação e até a promotoria. Só que ele continua sem estudar", ressalta Isabel Ribeiro Silva.

A reclamação não é somente dos pais de crianças. Joana tem 34 anos e afirma que parou de estudar na segunda série porque também não tinha como ir à escola. Ela conta que com um ano de idade teve paralisia infantil.

Depois disso, conta que passou a andar somente com cadeira de rodas. No começo, o irmão a levava para a escola. Mas depois, teve que abandonar os estudos porque não tinha como se locomover. "Agora a situação se repete. Não consigo arrumar emprego", relata.


Outro lado
Em nota, a prefeitura de Jundiaí informou que o transporte escolar adaptado aos alunos cadeirantes é para aqueles que estudam na rede municipal de ensino. O Ministério Público de Jundiaí disse por telefone que a responsabilidade é do estado e vai pedir providências para a Secretaria Estadual de Educação.

Já a Secretaria Estadual de Ensino justificou que recebeu a solicitação do transporte apenas neste ano, quando já havia encerrado a inscrição para o serviço, mas que vai providenciar com urgência o transporte.

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